Uma pesquisa apontou que dar mais tempo de descanso aos funcionários também traz maiores resultados às empresas; as propostas, no entanto, ainda estão sendo analisadas

Desde o ano passado, discute-se sobre uma possível revisão na CLT. Para quem não tem acompanhado, a senadora Soraya Thronicke, do Podemos-MS, tem defendido que reduzir a jornada de trabalho pode trazer ganhos aos patrões e trabalhadores.

Segundo a Agência Senado, pelo menos três projetos de lei estão em análise, apontando a redução nas horas diárias ou nos dias da semana. Relatórios apontam que 85% dos cidadãos acreditam que teriam mais qualidade de vida, enquanto outros 78% afirmam que conseguiriam aumentar desempenho no serviço, ainda que trabalhassem menos.

De acordo com o texto, o Projeto de Lei 1.105/2023, por exemplo, propõe a diminuição, se houver acordo ou convenção coletiva, sem a perda no salário mensal do colaboradores. “O principal ganho é o aumento da produtividade”, destacou o autor, o senador Weverton, do PDT-MA.

Afinal, o que muda?

Em 2024, uma lista de empresas deu início a um experimento que reduziu a jornada semanal dos colaboradores, sem reduzir os pagamentos. Foram 4 dias de trabalho e 3 de folga. Segundo o G1, o programa da 4 Day Week Brazil apontou melhorias no comportamento dos funcionários.

No estudo, 61,5% das empresas notaram avanço na execução de projetos e outras 58,5% conseguiu ver mais proatividade na realização das tarefas. Além disso, cerca de 58% dos trabalhadores afirmaram que passaram a conciliar melhor a vida pessoal e a profissional, após as folgas concedidas.

Houve redução nos problemas de indisposição, insônia, estresse no trabalho, entre outras coisas, constantemente reclamadas pelos funcionários. Hoje, de acordo com o IBGE, cerca de 38 milhões de brasileiros estão trabalhando formalmente no país, sendo uma das conquistas do Governo Lula.

Conclusão

• Em resumo, o senado discute novas revisões na CLT dos trabalhadores registrados;

• Uma pesquisa da 4 Day Week Brazil mostrou que a redução na jornada traz melhores desempenhos;

• No ano passo, algumas empresas, por conta própria, deram início à inciativa com os funcionários;

• Este ano, cerca de 38 milhões de cidadãos estão trabalhando com carteira assinada no Brasil.

• As mudanças, no entanto, ainda estão em análise, envolvendo também convenções trabalhistas.

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