A Coca-Cola já teve cocaína? Descobrimos a verdade

Coca-Cola já teve cocaína? Entenda o que é verdade e o que é mito sobre a fórmula original e o que faz dela um dos refrigerantes mais icônicos do mundo
A Coca-Cola é uma das marcas mais reconhecidas do planeta. Seu nome atravessa gerações e fronteiras. Sua garrafa, como um ícone visual, e seu sabor inconfundível fazem parte da rotina de milhões de pessoas.
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Porém, o que poucos sabem é que, quando lançada em 1886, nos Estados Unidos, foi inicialmente vendida como um tônico medicinal. Seu criador, o farmacêutico John Styth Pemberton, apresentava a novidade como um remédio contra dores de cabeça e um revigorante para o corpo e a mente.
Inclusive, na época, esse tipo de promessa não era incomum e tampouco era a única peculiaridade da fórmula.
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O nome “Coca-Cola” não foi escolhido à toa. Ele veio da combinação de dois ingredientes-chave usados na criação original da bebida:
- As folhas de coca, planta da qual se extrai a cocaína;
- Noz de cola, rica em cafeína.
O que bastou para que, ao longo do tempo, surgissem rumores e muitas perguntas sobre o possível uso de cocaína na fórmula do refrigerante.
A dúvida ainda permeia o imaginário, instiga consumidores e vira manchete quando figuras públicas mencionam a ideia, mesmo em tom de brincadeira.
Mas afinal de contas, a Coca-Cola já teve cocaína?
Calma, apesar de ser um dado chocante, descobrimos toda a verdade e iremos revelar logo abaixo:
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De acordo com o portal UOL, a resposta é sim, porém com importantes ressalvas. No final do século 19, a cocaína era legal em diversos países e bastante usada como analgésico, inclusive em fórmulas farmacêuticas e bebidas energéticas.
O químico alemão Albert Niemann isolou a substância em 1859, e, a partir de 1882, ela passou a ser vendida em farmácias nos Estados Unidos, indicada até para dor de dente em crianças.
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Um dos tônicos mais famosos da época foi o “Vin Mariani”, um vinho com extrato de folhas de coca, promovido por personalidades como Thomas Edison e o Papa Leão XIII.
Inspirado nesse modelo, Pemberton criou o “French Wine Coca”, e, quando o estado da Geórgia proibiu bebidas alcoólicas, reformulou sua fórmula para criar a Coca-Cola, uma versão sem álcool, mas ainda contendo extrato de folhas de coca.
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No entanto, a quantidade de cocaína, embora presente, era muito pequena.
Estudos históricos indicam que seria necessário consumir dezenas de garrafas para atingir 1 grama da substância.
Ainda assim, com o aumento do conhecimento sobre os efeitos da droga e as mudanças nas leis americanas, a empresa passou a ser pressionada a eliminar o ingrediente da bebida.
Em 1903, o então proprietário Asa Candler contratou o químico Louis Schaefer para desenvolver um processo de “descocainização” das folhas de coca.
Qual é a principal composição da Coca-Cola hoje e o que faz ela ser tão diferente?
Desde então, a Coca-Cola usa folhas que passam por esse procedimento, ou seja, mantém o extrato da planta apenas como aromatizante, sem qualquer vestígio de cocaína.
Esse processo, até hoje, é conduzido por uma empresa autorizada pelo governo dos Estados Unidos, chamada Stepan Company, a única no país com permissão para importar e processar legalmente folhas de coca.
Essa transformação foi decisiva para consolidar a Coca-Cola como produto global.
A marca manteve o nome, preservou parte do sabor original e reposicionou a bebida como símbolo de refrescância, e não mais como um remédio.
Desde então, o refrigerante se expandiu mundo afora, adaptando embalagens, campanhas e volumes de açúcar de acordo com as preferências e legislações locais — mas sem nunca retomar qualquer uso de cocaína.
A fórmula atual da Coca-Cola é composta principalmente por:
- Água gaseificada, açúcar (ou adoçantes, nas versões diet/light/zero);
- Corante caramelo IV;
- Acidulante ácido fosfórico;
- Cafeína;
- “Aromatizantes naturais” .
A categoria ainda inclui um extrato descocainizado de folhas de coca, cuja composição exata permanece um dos segredos industriais mais bem guardados do mundo.
O diferencial da Coca-Cola, em grande parte, vem dessa combinação exclusiva de sabor, acidez, dulçor e amargor equilibrados com precisão, além de décadas de estratégia de marca, distribuição global e marketing.
Mas e você? Sabia dessa curiosidade sobre um dos refrigerantes mais amados do mundo? Deixe nos comentários
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.