Coluna Sem Sinal: Uma dúvida paira no ar em relação às novelas da Globo

Tv Foco mostra hoje atrizes brasileiras dos anos 1990 já chegaram aos 50 anos, mas continuam arrancando suspiros por onde passam.

25/01/2019 9h43

3 min de leitura

Globo (Foto: Reprodução)

Globo (Foto: Reprodução)

Uma das coisas que mais atrapalha as novelas da Globo são o excesso de personagens.

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São vários núcleos, muitas vezes inúteis, que não servem nem como alívio cômico nem para o enredo da trama e no final só atrapalham. É só lembrar de Segundo Sol na Globo e aqueles núcleos insuportáveis da família do Severo (Odilon Wagner) e da Thalita Carauta.

No entanto, falando do mesmo autor de Segundo Sol, João Emanuel Carneiro, é importante lembrar uma novela que foi totalmente nessa contramão que é a icônica Avenida Brasil. A produção focava em poucos personagens onde girava quase todos os acontecimentos da história.

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Esse núcleo me tirava do sério: Clóvis (Luis Lobianco), Dodô (José de Abreu) e Gorete (Thalita Carauta) em Segundo Sol<br /> (Foto: Globo/Paulo Belote)

Esse núcleo me tirava do sério: Clóvis (Luis Lobianco), Dodô (José de Abreu) e Gorete (Thalita Carauta) em Segundo Sol
(Foto: Globo/Paulo Belote)

Na época, se comentou que esse enredo gerava um esforço homérico aos atores, pois tinham que memorizar toneladas de texto. Diante dos fatos expostos, surge a pergunta: qual o verdadeiro motivo de não se apostar em uma novela com poucos personagens fortes, inclusive em outros horários como 18h e 19h?

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Será para não cansar muito alguns atores como aconteceu em Avenida Brasil ou é simplesmente uma decisão dos autores? As duas possibilidades são prováveis. Em relação a primeira, é importante lembrar que, como é amplamente usado nas novelas mexicanas, existe o recurso do ponto eletrônico.

Dessa forma, os atores não precisam decorar completamente os textos, que são soprados no ouvido do artista. E disso surgem outros questionamentos: a Platinada não se utiliza disso porque os atores não querem (pois tiraria “toda a arte de se interpretar”), porque isso diminuiria a qualidade das tramas ou pela ideia de que “time que está ganhando não se mexe” (de forma que se o canal nunca usou não teria motivos para usar agora)?

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Adriana Esteves e Débora Falabella em cena de Avenida Brasil. (Foto: Divulgação)

Adriana Esteves e Débora Falabella em cena de Avenida Brasil. (Foto: Divulgação)

Fato é que este recurso, ressalto novamente, é usado em todas as novelas mexicanas já que nessas tramas os personagens têm muitas falas e fica praticamente impossível decorar todas. Isso resolveria essa questão de muitos personagens nas nossas brasileiras e lembrando que novela a meu ver não é arte, é entretenimento do tipo mais clichê possível.

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Existe também a possibilidade de se colocar tantos personagens ser uma simples decisão do autor, que vê nisso uma forma de pulverizar o texto em outros lugares da história em uma espécie dramatúrgica de “colocar água no feijão”. Nunca saberemos.

As opiniões expressas aqui são de responsabilidade do autor do texto, e não refletem a opinião do site TV Foco.

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Formado em jornalismo, fui um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.

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