Com câncer terminal, astro do SBT foi mantido vivo somente para concluir novela

Um renomado astro do SBT teve um fim trágico no auge da sua carreira e medida tomada estarreceu a todos

Um dos grandes autores da TV brasileira enfrentou um dos maiores dramas da sua vida causado por  um câncer na medula. Walter George Durst contribuiu para a história da TV e fez uma brilhante carreira com suas histórias emocionantes, em emissoras como a Globo e o SBT.

Walter George Durst fez uma carreira consolidada no SBT e na Globo (Foto Reprodução/Internet)

Por conta da gravidade da sua situação de saúde, ele pediu aos médicos que o deixassem vivo para que, pelo menos, ele conseguisse terminar os textos da adaptação de “Os Ossos do Barão”, que foi exibida pelo SBT.

Quem relatou isso foi seu próprio filho, Marcelo. que deu uma entrevista ao Folha de São Paulo e confidenciou que esse era o último pedido do pai:

“Ele nunca parou de escrever. Ainda quando escrevia “Os Ossos do Barão”, ele se sentia fraco, mas os exames não indicavam sintomas de câncer. Ele pediu, então, que os médicos fizessem com que vivesse até finalizar o trabalho”– Disse Marcel

Batalhando pela vida e por seu trabalho, Walter conseguiu entregar os capítulos completos ao SBT e faleceu no dia 24 de agosto de 1997, com o folhetim ainda no ar. Além disso, o filho do famoso ainda comentou que o pai havia descoberto a doença em abril daquele ano.

Cena de “Os Ossos do Barão” adaptada para o SBT (Foto Reprodução/Internet)

Um gênio

Com grandiosas obras em seu currículo, como a primeira versão de “Gabriela”, exibida pela Globo, muitos outros profissionais do ramo disseram que Walter ajudou a moldar a teledramaturgia:

“Com a ‘TV de Vanguarda’, que fez na TV Tupi nos anos 50, ele lançou as bases para a teledramaturgia” – Disse Marcos Lazarini, que além de colaborador era amigo do famoso.

“Durst era um intelectual que vivia de contar histórias. Ele elaborava programas que enchiam a TV brasileira de realidade, mas com tratamento estético, muito diferente da exploração da realidade que é feita hoje na TV”– Disse Lazarini ainda sobre a genialidade do seu amigo.

A primeira “Gabriela”, exibida pela Globo em 1975, estrelada por Sônia Braga)