Com erros, “A Lei do Amor” prova que não aprendeu com “Justiça”

O novo folhetim das nove da Globo, “A Lei do Amor”, estreou há algumas semanas e mostrou ao público em seu início passagens de fases (prática comum). Porém, erros foram evidenciados nessas mudanças cronológicas e provam que a nova trama não aprendeu com a recente minissérie “Justiça”.
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Sem fazer comparações inválidas de gêneros, haja vista que uma trata-se de minissérie e a outra de novela, vale destacar que a maior inovação de “Justiça” foi contar as histórias sob vários ângulos e, para tanto, fez-se necessária uma equipe de continuidade afinadíssima.
A equipe de continuidade é responsável pela harmonia durante as diversas cenas, sejam referentes ao enredo, falas, sonoplastia, imagens, figurino, objetos de cenas, ações, ritmo e ao tempo. Tal equipe deve cuidar de forma atenciosa de todos esses aspectos para tornar a produção verossímil, ou seja, capaz de fazer com que o espectador acredite na história.
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Tião Bezerra (Thiago Martins) e Magnólia (Ana Carolina Godoy) em flashback de “A Lei do Amor” (Foto: Divulgação/Globo)
Longe da acurácia técnica da equipe de continuidade de “Justiça”, “A Lei do Amor” errou feio nas mudanças de fases com os personagens Fausto Leitão (Tarcísio Meira) e Magnólia (Vera Holtz), os quais tiveram mudanças fisionómicas imperceptíveis quando comparadas a personagem Suzana, vivida por Gabriela Duarte e Regina Duarte, respectivamente.
Ademais, em flashback recente outro erro foi percebido e disseminado pela imprensa televisiva. Na primeira fase da novela, o vilão Tião Bezerra (Thiago Martins), conheceu e seduziu Helô (então Isabelle Drummond, agora Claudia Abreu). Naquele contexto, Magnólia já era interpretada por Vera Holtz. No flashback exibido na sexta-feira (14) Tião (agora José Mayer) era interpretado pelo mesmo Thiago Martins (apenas sem bigode) e Magnólia pela atriz Ana Carolina Godoy, bem mais jovem que Vera Holtz.
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O banho de qualidade dado por “Justiça” em todos os sentidos e especialmente no que diz respeito à continuidade parece não ter servido de aprendizado para “A Lei do Amor” e as demais produções (não só globais).
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As opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do TV Foco
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Autor(a):
Danyllo Junior
Escreve artigos de opinião sobre televisão desde 2009. Enfermeiro, Mestrando da UFRN, autor de livro - Morte Gêmea - e contos, e apaixonado pelos afins da televisão. Integra a equipe do TV Foco/iG desde maio de 2013, assinando atualmente a coluna semanal ‘Ligado na TV’, na qual lança seu olhar sobre o curioso universo televisivo. (e-mail: danyllo@otvfoco.com.br)