Novos vírus têm afetado celulares no mundo todo, mas o Brasil aparece entre os países com o maior número de reclamações

Uma nova onda de invasores nos celulares tem preocupado empresas como Apple e Samsung. Até mesmo os iPhones, que oferecem um nível maior de proteção, estão entre as “vítimas” desse sistema criminoso, cada vez mais profissional.

Este ano, o FBI e os especialistas em cibersegurança estão ligados com alerta máximo em cima de aplicativos maliciosos que infectam os aparelhos. Essa fraude, conhecida como Kaleidoscope, já ultrapassou a marca de 2,5 milhões de instalações mensais.

Muito bem disfarça, essa invasão aos celulares já é considerada uma das operações publicitárias mais sofisticadas da atualidade. Ela começa através de aplicativos aparentemente inofensivos na Play Store. Em seguida, versões clones maliciosas dessas mesmas plataformas são disseminadas por lojas de terceiros.

Esses clones, porém, contêm um código oculto que exibe anúncios fora de contexto, mesmo sem a interação do usuário, gerando receita para os cibercriminosos por meio de anúncios fraudulentos. Os aplicativos falsos imitam aplicativos legítimos, inclusive com o mesmo nome e aparência, mas são oferecidos fora da Play Store, em sites, links ou lojas alternativas.

Depois de instalados, os clones exibem anúncios na tela, consomem dados e bateria. O SDK malicioso utilizado por esses aplicativos já teve diferentes nomes para evitar a detecção por sistemas de segurança. De acordo com o relatório da Integral Ad Science, os criminosos estão constantemente atualizando os métodos para driblar detecções.

Afinal, o que aconteceu?

Ainda segundo o levantamento, as regiões mais afetadas incluem Índia, Indonésia, Filipinas e, surpreendentemente, o Brasil, onde milhões de usuários estão vulneráveis às ameaças. Apesar de o iOS ter mais segurança por causa do sistema fechado, as novas regras da União Europeia e do Brasil estão forçando a Apple a liberar o chamado “sideload”, que é a instalação de aplicativos fora da App Store.

Em contrapartida, isso pode abrir as portas para ameaças similares nos iPhones, alertou a própria Apple. Em nota, a empresa americana afirmou que o sideload aumenta o risco de malware, fraudes e golpes, dificultando a proteção dos usuários. O FBI também se pronunciou, destacando ainda os aplicativos que parecem confiáveis. “Cuidado com promoções exageradas e promessas de funções milagrosas”, disse.

Conclusão

• Em resumo, novos vírus têm afetado celulares, incluindo iPhones;

• Agora, empresas como Apple e Samsung estão preocupadas com a prática;

• O FBI tem feito alertas sobre esses aplicativos vistos como maliciosos;

• Fraude chamada de “Kaleidoscope” já tem 2,5 milhões de instalações mensais;

• De acordo com levantamento, o Brasil é uma das regiões mais afetadas.

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