Entenda a polêmica do regime aberto do casal Nardoni após condenação por um dos crimes mais cruéis já noticiados
A Penitenciária Doutor José Augusto Salgado, em Tremembé (SP), nunca esteve tão em evidência até agora. Afinal de contas, após o lançamento da série Tremembé: A Prisão dos Famosos, pela Prime, alguns debates voltaram a ser o centro das conversas.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Inclusive, um dos casos abordados foi o de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, os quais já cumpriram a maior parte de suas longas sentenças.
Mas o crime que os levou ao cárcere, o assassinato da menina Isabella Nardoni, em 2008, marcou para sempre a história criminal brasileira, e o destino do casal segue gerando intensa comoção e até mesmo revolta por parte da sociedade.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Após anos de reclusão, o benefício da progressão de regime, concedido dentro da Lei de Execuções Penais (LEP), transformou a rotina de recolhimento em cela em uma vida com acesso a privilégios e liberdades condicionais.
A transição, no entanto, expôs três grandes revelações de polêmica:
LEIA TAMBÉM!
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
- O acesso a um estilo de vida de luxo;
- Uma delicada tentativa de reconstrução dos laços familiares;
- Busca estratégica pelo anonimato.
O contexto da pena
De acordo com o portal Aventuras na História, a condenação de Alexandre Nardoni a mais de 30 anos e de Anna Carolina Jatobá a mais de 26 anos foi resultado de um dos julgamentos mais midiáticos do país.
Conforme mencionamos acima, o casal foi considerado culpado por atirar Isabella Nardoni do sexto andar de um prédio em São Paulo. A comoção nacional e a pressão midiática foram imensas, mas, com o tempo, o foco da discussão migrou da culpa para a execução da pena.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A progressão para o regime aberto, obtida por Anna Carolina Jatobá em 2023 e por Alexandre Nardoni em 2024, baseou-se no cumprimento do tempo mínimo de pena (cerca de dois quintos), no bom comportamento atestado pela direção do presídio e na aprovação em exames criminológicos.
Essa etapa permite ao condenado trabalhar ou estudar durante o dia, mas exige o recolhimento domiciliar no período noturno e nos finais de semana.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A lei garante a ressocialização, mas a aplicação prática dos benefícios gerou forte indignação social, especialmente quando associada a um padrão de vida elevado.
No luxo
A concessão de saídas especiais para fins de ressocialização trouxe à tona o contraste entre o cárcere e a realidade financeira da família.
Em 2025, o casal tem se beneficiado de um cenário de conforto notável. Anna Carolina Jatobá, por exemplo, fixou residência em um apartamento de alto padrão na Zona Norte de São Paulo, imóvel que legalmente pertence a seu sogro, Antônio Nardoni.
De acordo com uma reportagem do Domingo Espetacular, no ar em setembro de 2025, na Record, um apartamento no prédio pode chegar a mais de R$3 milhões. No entanto, segundo relatos, eles raramente aparecem nas áreas comuns.
Inclusive, a mesma reportagem destaca que a maioria dos vizinhos se organizou a fim de tirar o casal desse apartamento, uma vez que eles não querem conviver com os criminosos; Veja o vídeo abaixo:
Mas o que mais causou choque foram as autorizações judiciais obtidas pela defesa. O casal conseguiu permissão para passar períodos festivos, como o Réveillon, juntos em um condomínio de alto luxo no Guarujá, ainda no fim de 2024.
Veja o vídeo abaixo:
Essas saídas levantam um debate ético:
- Será que o privilégio de passar tempo em um empreendimento com imóveis que podem valer milhões é coerente com o espírito da Lei de Execuções Penais, que visa a reintegração social do condenado por um crime tão brutal?
Em termos técnicos, a lei é justa, mas o usufruto desses benefícios em um contexto de luxo parece desproporcional à gravidade do crime.
Reconstrução familiar
O tema da relação com os filhos do casal foi o principal argumento utilizado pela defesa para justificar os pedidos de maior liberdade e as saídas.
Os dois filhos de Alexandre e Anna cresceram sob a guarda e criação dos avós paternos, Antônio e Maria Aparecida Nardoni. Os filhos atingiram a maioridade com os pais presos, e a defesa alega a necessidade premente de reconstruir os laços familiares.
Nardoni, por exemplo, solicitou “férias” de 45 dias, alegando o direito de restabelecer o convívio com os filhos.
Em 2025, o casal está ativamente buscando essa convivência familiar sob a égide da justiça, com Alexandre buscando reintegrar-se ao convívio social e familiar sob as mesmas condições de recolhimento.
Mas esse dilema é complexo, uma vez que:
- Ao mesmo tempo que a LEP exige a manutenção dos laços familiares;
- A reinserção do casal em atividades cotidianas gera desconforto na comunidade, que questiona o risco e a efetividade da ressocialização.
Por que Anna Carolina Jatobá mudou o nome?
Outro movimento estratégico do casal em sua nova fase de vida foi a mudança de nome. Anna Carolina Jatobá e seus filhos decidiram retirar o sobrenome Nardoni de seus registros civis.
Essa ação legal é um esforço claro para desvincular a identidade da família da marca que se tornou sinônimo de um dos crimes mais chocantes do Brasil.
O sobrenome Nardoni era uma fonte constante de constrangimento e exposição nas redes sociais e na vida cotidiana, afetando a privacidade e a segurança dos filhos.
Ao retornar ao nome de solteira, Jatobá tenta criar uma barreira entre o passado criminoso e a nova vida, buscando um anonimato que, ironicamente, é quase impossível para figuras como eles.
Mas, para saber mais informações sobre os assassinos que ficaram presos em Tremembé, clique aqui.
