Risco de demolição e decadência: O que está acontecendo com shopping tradicional de Salvador, BA?

Shopping tradicional em Salvador se encontra em decadência após 40 anos; Conheça a trajetória e os riscos de demolição
Os shoppings ocupam um papel central na vida urbana, funcionando como hubs comerciais, sociais e culturais. Eles não apenas reúnem lojas e serviços, mas moldam hábitos, influenciam economias locais e marcam gerações com suas experiências de consumo.
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No entanto, nem todos os empreendimentos resistem à passagem do tempo. Algumas decisões estratégicas, mudanças no comércio e até mesmo processos de demolição podem selar seu destino.
Um exemplo claro disso é o Shopping Baixa dos Sapateiros, em Salvador (BA). Após quatro décadas de relevância e memórias afetivas, o centro comercial sofreu diversos fechamentos de lojas e se encontra na mais completa decadência.
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Ascensão e importância
De acordo com o portal Terra, inaugurado em 1983, o Shopping Baixa dos Sapateiros rapidamente se consolidou como um dos principais centros comerciais de Salvador.
Localizado no coração do centro histórico da cidade, o shopping reunia cerca de 120 lojas que ofereciam uma variedade de produtos, desde roupas e calçados até eletrônicos e artigos para o lar.
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Sua localização estratégica facilitava o acesso dos moradores e contribuía para a movimentação econômica da região.
Durante as décadas de 80 e 90, o shopping se tornou um forte ponto de encontro popular para diversas gerações, especialmente para aqueles que cresceram durante esse período.
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Sua arquitetura simples, mas funcional, e a diversidade de lojas atraíam consumidores de diferentes perfis, tornando-o um ícone do comércio soteropolitano.
Declínio e fechamento
Com o passar dos anos, o shopping começou a enfrentar desafios significativos.
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A descentralização do comércio em Salvador levou à abertura de novos centros comerciais em outras regiões, diminuindo o fluxo de clientes na Baixa dos Sapateiros.
Além disso, a presença de usuários de drogas e a falta de investimentos agravaram a deterioração do entorno, afastando frequentadores e contribuindo para o declínio do shopping.
Em 2024, aproximadamente 100 das 300 lojas na região da Baixa dos Sapateiros estavam fechadas, evidenciando a crise no comércio local.
Infelizmente, no dia 17 de fevereiro de 2025, a situação agravou-se com o fechamento da agência da Caixa Econômica Federal, última instituição bancária presente no local.
Essa mudança foi considerada um golpe final para o empreendimento, que já enfrentava dificuldades significativas.
De acordo com o portal Massa, um ex-comerciante da região lamentou a atual situação do shopping: “Com o baixo fluxo de clientes e a saída de vários lojistas e empresas, o shopping deverá ser vendido, alugado ou arrendado.
Com a saída do último banco, que foi a Caixa, ficou complicada a situação do shopping, com poucas lojas abertas e o fluxo muito baixo de clientes.”
Qual é a situação atual do Shopping Baixa dos Sapateiros em 2025?
Apesar de o shopping constar ainda como “aberto” no Google, alguns comentários afirmam que o local está inabitável.
Uma das avaliações, publicada há três meses, afirma:
“Local intransitável. Durante a manhã, parece que tem uma cracolândia nas entradas. Lojas fechadas. Não tem um restaurante sequer.
Está entregue às baratas. Deveriam demolir. Ali, nem a estrutura presta mais. O estacionamento é no último andar.
O trânsito de veículos não pode continuar. Vai matar os condutores e passageiros se aquilo desaba.”
De acordo com uma reportagem do Naratu Notícias, a fachada do edifício, antes pintada nas cores verde e branco, agora está desbotada e descascada.
No portão de entrada pela Ladeira de Santana, a ferrugem toma conta e resquícios de lixo chegam a se acumular no canto do corredor principal.
Riscos de demolição:
Além disso, o destino do edifício que abriga o shopping permanece incerto. Há especulações sobre possíveis vendas, aluguéis ou arrendamentos do espaço.
Contudo, considerando o histórico recente de demolições de estruturas antigas no centro histórico de Salvador, o risco do prédio ir abaixo por meio de uma demolição ainda é bem real.
Isso se deve até mesmo ao histórico dos edifícios e prédios do local.
Inclusive, ainda em agosto de 2015, as autoridades demoliram um casarão de seis andares na Rua do Taboão devido ao risco de desabamento.
Já em janeiro de 2024, o casarão que abrigou o restaurante Colon por mais de cem anos começou a desabar e teve partes demolidas para preservar a segurança.
Esses incidentes refletem a deterioração de algumas áreas do centro histórico de Salvador, aumentando o risco de perdas patrimoniais.
Mas, para mais informações e casos similares, clique aqui*.
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.