De forma inesperada, Globo Esporte comunica que Dorival Jr define decisão sobre a saída do camisa 9 do Corinthians

O Corinthians decidiu afastar o atacante Héctor Hernández dos treinos com o elenco principal e a notícia caiu como um sinal claro de que sua trajetória no clube está próxima do fim. O anúncio saiu nesta terça-feira, 19 de agosto de 2025, e trouxe um detalhe importante: ele continuará treinando, mas de forma separada, em horários alternativos, sem conviver diretamente com os companheiros.

Contudo, a diretoria informou que não houve ato de indisciplina. Nada de confusão nos bastidores. A decisão, segundo relatos de dentro do clube, tem a ver com o excesso de opções no ataque e com o entendimento de que manter o jogador no grupo, sem perspectivas de uso, poderia atrapalhar o andamento natural dos trabalhos de Dorival Júnior. O contrato dele vai até o fim de 2026, mas a direção já se movimenta para encontrar interessados.

A trajetória do atacante espanhol em Itaquera nunca deslanchou. Desde a chegada, há pouco mais de um ano, Héctor disputou 24 partidas e marcou apenas dois gols. Pouco para quem chegou com expectativa de se firmar. Sua última participação foi contra o Grêmio, há dois meses.

Porém, de lá para cá, não apareceu em nenhuma das dez partidas seguintes, mesmo quando o Corinthians sofreu com desfalques no setor ofensivo. A ausência chamou atenção. Dorival Júnior, questionado sobre a situação, preferiu se esquivar: disse apenas que o tema deve ser tratado com o diretor executivo Fabinho Soldado.

Na prática, o afastamento muda bastante a rotina. Enquanto os demais atacantes treinam em conjunto, tentando ganhar espaço, Hernández trabalha isolado. Sem o contato diário com a comissão técnica e sem encaixe tático, as chances de reverter a situação diminuem a cada dia. Contudo, o Corinthians também observa o mercado, ainda aberto em alguns países, e pode tentar negociar um empréstimo ou até uma saída definitiva, já que no Brasil o prazo é curto.

Como está o Corinthians atualmente?

O contexto do time explica parte dessa escolha. O Corinthians vive fase instável no Brasileirão, precisa de resultados rápidos e de jogadores que ofereçam rendimento imediato. No ataque, há disputa pesada por minutos e Dorival confia mais em outras peças, que se adaptaram melhor ao estilo de jogo.

Porém, manter um jogador que pouco contribuiu até aqui, dentro de um ambiente já pressionado, parece não fazer sentido para a comissão técnica nem para a diretoria.

Para o espanhol, o momento é delicado. Treinar separado significa perder ainda mais visibilidade. Clubes interessados podem enxergar esse afastamento como sinal negativo. Por outro lado, ele pode virar um trunfo em negociações: com pouco espaço, o Corinthians tende a facilitar uma saída, seja por empréstimo ou até por rescisão. Isso abre portas para uma retomada da carreira em outro cenário.

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