Banco Central passa por três grandes viradas envolvendo a real sobre o fim das transações via cartão de crédito, o adeus de notas populares e históricas e a situação da poupança diante da nova taxa selic
O Banco Central do Brasil, nos últimos meses, foi protagonista de três grandes viradas que podem revolucionar a maneira como os brasileiros lidam com as transações financeiras.
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Em suma, as três principais delas se dividem nos seguintes assuntos:
- A alta da Selic e a mudança nas regras de poupança.
- A adaptação do sistema monetário com a substituição das primeiras notas do Real;
- A real sobre o fim das transações dos cartões de crédito.
Sendo assim, a partir de informações divulgadas pelos portais G1, CNN e Gazz Conecta, a equipe especializada em economia do TV Foco traz mais detalhes de cada uma dessas viradas.
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1. É o fim do cartão de crédito?
Ainda em setembro de 2024, o até então presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto , gerou um grande alvoroço ao afirmar que o Pix poderia substituir o cartão de crédito no futuro.
A declaração gerou uma série de questionamentos sobre as previsões e as implicações dessa mudança, especialmente considerando o papel central que o cartão de crédito desempenha na economia atual.
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No entanto, é importante compreender o contexto e os detalhes dessa possível – porém não tão absoluta – realidade.
O fato é que o Pix revolucionou os pagamentos instantâneos no Brasil, simplificando o processo de transferência ao conectar diretamente os bancos emissores e receptores, eliminando intermediários e, com isso, transferindo custos de transação.
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No entanto, existe uma novidade chegando no pedaço que pode transformar ainda mais esse método, o Pix Crédito.
Porém, apesar de ele significar uma modernização no sistema de pagamento, não substitui o cartão de crédito em si.
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O objetivo é reduzir custos das transações tradicionais com cartão de crédito, tornando os pagamentos mais eficientes e menos onerosos para os consumidores.
Afinal de contas, as transações com cartão de crédito envolvem uma cadeia de intermediários, incluindo:
- Bandeiras;
- Sistemas antifraude;
- Transferência de pagamento.
O que torna o processo mais complexo. Já o Pix , ao eliminar esses intermediários, traz uma proposta mais direta e instantânea.
Declaração do ex-presidente do Banco Central:
Conforme dito acima, Roberto Campos Neto ressaltou que a transformação não é sobre acabar com os cartões, mas sim melhorar a tecnologia por trás das transações financeiras .
Ou seja, o crédito permanecerá, mas será revolucionado:
- Formas tradicionais, com altos custos e intermediários, cederão lugar a versões mais acessíveis e eficientes.
Mas o Brasil ainda enfrenta alguns desafios, como:
- Nem todo mundo possui smartphones e uma internet de qualidade.
- Uma grande parte da população não tem ciência de como usar esses recursos.
Sendo assim, apesar de ter uma grande chance dos cartões de crédito ficarem obsoletos diante das novas tecnologias e facilidades, eles não serão extintos por completo.
Mesmo porque a transição não será imediata, embora os consumidores possam escolher a tecnologia que melhor atenda às suas necessidades.
A digitalização e a evolução das ferramentas de pagamento são inevitáveis, mas o cartão de crédito não será extinto de forma abrupta.
Ou seja, as opções de pagamento continuarão a se diversificar à medida que o mercado se adaptar às novas demandas, com isso a mudança será bem mais gradual.
2. Aumento na Selic X Poupanças
Em dezembro de 2024, o COPOM do Banco Central decretou o aumentona Taxa Selic.
Automaticamente, o mesmo decreto trouxe mudanças significativas para as regras dos investimentos de renda fixa , com destaque para as poupanças .
A decisão subiu a taxa de 11,25% para 12,25% e desde então esses investimentos têm usado essa base para definir os seus rendimentos.
Lembrando que o impacto das altas taxas de juros não se limita à poupança, outros investimentos de renda fixa, como Tesouro Selic, CDBs e LCIs/LCA , também.
No entanto, eles tendem a se tornar mais atraentes, oferecendo retornos mais elevados com essa alta.
Isso porque, embora a poupança se ajuste a um novo cenário de juros elevados, ela não rende tanto assim, conforme podem ver por meio deste link*.
3. Tchau, notas antigas:
A terceira grande virada anunciada pelo Banco Central diz respeito à substituição das primeiras notas do Real, lançadas em 1994 e que dão adeus após 30 anos do nosso Plano Real.
Isso se dá por conta da modernização do sistema monetário e visa melhorar a segurança e a eficiência no manejo das cédulas.
Por que as notas antigas irão sair de circulação?
Em nota oficial, o Banco Central explicou que as notas da primeira família do Real, incluindo valores de R$ 2 a R$ 100 , produzidas entre 1994 e 2010, apresentaram dificuldades logísticas para serem manuseadas corretamente.
Mesmo porque, com o tempo, essas cédulas se deterioraram e passaram a dificultar o reconhecimento dos elementos de segurança.
Logo, tornam-se mais suscetíveis a falsificações e criam desafios operacionais para caixas eletrônicos e máquinas de contagem de dinheiro.
MAS ATENÇÃO: Embora essas notas sejam retiradas de circulação gradualmente, elas permanecem válidas e poderão ser usadas normalmente até que se esgotem por completo.
Considerações finais:
O Banco Central implementou três mudanças significativas no sistema financeiro brasileiro:
- 1 – A possibilidade do Pix se tornar mais atrativo que o cartão de crédito, oferecendo transações mais rápidas e baratas;
- 2 – A alteração nas regras da poupança devido ao aumento da taxa Selic, impactando diretamente o rendimento dos investimentos;
- 3 – A retirada gradual de circulação das primeiras notas do Real, visando modernizar o sistema monetário e aumentar a segurança.
Mas, para saber sobre mais decretos do BC, taxa de juros e mais, clique aqui*.
