Correntistas em desespero: Qual banco Bonner anunciou falência?

Em edição do JN, Bonner paralisou o país com a falência de um dos principais bancos do mundo e crise atingiu todo um sistema financeiro
Ainda em março de 2023, durante uma edição do Jornal Nacional, William Bonner surpreendeu o público ao anunciar a falência de um dos principais bancos dos Estados Unidos, o Signature Bank.
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A situação, inclusive, gerou total desespero entre correntistas, uma vez que ele ocupava posição de destaque entre as instituições financeiras americanas, figurando entre os 100 melhores bancos, conforme exposto pela Forbes.
O colapso, confirmado no dia 12 de março daquele ano, representou a segunda falência em apenas três dias e acendeu um alerta global.
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Isso porque o caso ocorreu logo após o fechamento do Silicon Valley Bank (SVB), conhecido como “o banco das startups”, decretado na sexta-feira, 10 de março.
Ambas as instituições passaram a ser administradas por uma agência federal de seguros de depósito dos EUA.
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Essa sequência desastrosa de eventos desestruturou o mercado financeiro e evidenciou a fragilidade de bancos médios diante de mudanças agressivas nas taxas de juros e no comportamento de investidores.
Mas, o que aconteceu?
- 10 de março – Fechamento do Silicon Valley Bank (SVB): O SVB era a 16ª maior instituição financeira dos EUA, com ativos estimados em mais de US$ 200 bilhões. Um combo de fatores, como a forte queda nas ações de empresas de tecnologia e a desvalorização de títulos do Tesouro dos EUA adquiridos em larga escala, comprometeu o equilíbrio do banco. Na tentativa de corrigir o déficit, o SVB vendeu títulos com prejuízo de quase US$ 2 bilhões. A notícia gerou pânico, e os clientes retiraram US$ 42 bilhões em um único dia. A instituição acabou não resistindo. – Para saber mais sobre essa falência – Clique aqui*
- 12 de março – Intervenção federal no Signature Bank: As autoridades americanas fecharam o Signature Bank apenas dois dias depois. Com forte atuação no setor de criptomoedas, o banco sofreu os impactos diretos do efeito dominó provocado pela crise iniciada com o colapso do SVB.
Para piorar, apesar do Signature sempre manter seus fundamentos sólidos, até então, o desespero causou uma corrida pelo saques.
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Além disso, a instabilidade no mercado justificaram a intervenção.
Declarações:
Ainda em março, o First Republic Bank passou a ser pressionado por uma onda de retiradas em massa, consequência direta das falências anteriores.
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A instituição atendia majoritariamente clientes de alta renda e detinha grandes volumes de depósitos não segurados.
Michael Roffler, então CEO do First Republic, afirmou em depoimento ao Congresso dos Estados Unidos: “Tudo mudou de um dia para o outro.”
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“O First Republic foi contaminado da noite para o dia pelo contágio que se espalhou a partir das falências sem precedentes de dois bancos regionais.”
De acordo com Roffler, nem os reguladores da Califórnia nem o FDIC haviam expressado qualquer preocupação sobre a saúde financeira do banco antes do colapso.
O executivo ainda pontuou que o banco mantinha uma política conservadora de gestão de riscos:
“Ninguém no First Republic poderia ter previsto o colapso do Silicon Valley Bank e do Signature Bank, a velocidade com que aconteceu ou os efeitos catastróficos desses eventos no setor bancário e na confiança do consumidor.”
Apesar de uma injeção emergencial de US$ 30 bilhões feita por grandes bancos para tentar salvar o First Republic, o colapso se concretizou em 1º de maio de 2023. O JPMorgan Chase assumiu os ativos da instituição após sua falência.
O que os clientes do SVB e Signature tiveram que fazer após a falência?
O governo norte-americano garantiu que todos os clientes, tanto do SVB como do Signature, receberiam os valores depositados, mesmo acima do limite tradicional de US$ 250 mil previsto pelo Fundo Garantidor de Depósitos dos EUA.
Essa medida foi custeada por um fundo criado após a crise de 2008, sem impacto direto sobre os cofres públicos.
Adicionalmente, o Federal Reserve lançou um programa emergencial de crédito de US$ 25 bilhões para conter novos riscos de liquidez no setor.
No Reino Unido, o HSBC comprou a unidade britânica do SVB por uma libra esterlina simbólica, evitando falências em cadeia no ecossistema de startups local.
A Comissão Europeia, por sua vez, descartou riscos de contaminação no sistema financeiro europeu.
Assim, os clientes tiveram que:
- Consultar os canais oficiais do FDIC para saber como recuperar seus depósitos;
- Verificar se os valores estavam dentro do teto garantido de US$ 250 mil;
- Em casos acima do valor coberto, buscar uma orientação jurídica;
- Acompanhar os desdobramentos divulgados pelas autoridades reguladoras.
Mas, para saber sobre outras falências, clique aqui*.
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.