Informe do Detran chega com proibição e exame na renovação da CNH para lista de motoristas

Comunicado do Detran determina proibição e exige exame na renovação da CNH para motoristas incluídos em nova lista

Renovar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nunca é apenas “pegar um papel novo”. O processo envolve etapas diferentes, algumas fáceis e rápidas, outras mais burocráticas, e todas com o mesmo objetivo: garantir que quem está dirigindo realmente tem condições para isso.

Contudo, parece simples, mas não é. Cada categoria da CNH tem regras próprias, e algumas exigem exames que não se aplicam a todos os motoristas. Por isso, quem precisa renovar não pode deixar para descobrir em cima da hora quais documentos ou testes serão necessários. Isso gera filas, gasto de tempo e até o risco de ficar um período sem poder dirigir.

Segundo o Detran SP, as mudanças de dados pessoais são um bom exemplo de detalhe que muitos não lembram. Quem quiser alterar nome, sobrenome, filiação, data de nascimento, incluir nome social ou até filiação afetiva não pode fazer nada disso online. Tem que ir presencialmente, porque esses ajustes exigem checagem direta dos documentos originais.

No entanto, para as categorias C, D e E, a história muda de figura: além do exame médico, o motorista precisa obrigatoriamente realizar o exame toxicológico. Essa exigência existe porque dirigir caminhão, ônibus ou outros veículos pesados envolve riscos maiores, e qualquer uso de substância que comprometa os reflexos pode ter consequências graves nas estradas.

Precisa fazer exames psicológicos para renovar CNH?

Outro ponto que pesa é a avaliação psicológica. Ela não é pedida para todos, mas sim para quem exerce atividade remunerada ao volante, com a famosa anotação EAR na CNH. Taxistas, motoristas de ônibus, caminhoneiros, condutores de transporte escolar ou de aplicativos se encaixam nessa regra.

Além disso, o motivo é simples: esses profissionais enfrentam jornadas mais longas, pressão por prazos, contato direto com passageiros e, muitas vezes, trânsito pesado diariamente. O teste psicológico existe para confirmar se o motorista tem equilíbrio emocional suficiente para lidar com isso sem colocar em risco a própria segurança e a dos outros.

No entanto, vale reforçar: essa exigência não é frescura. Quem trabalha dirigindo sabe como situações de estresse se repetem o tempo todo, desde uma fechada inesperada até a cobrança de clientes e patrões. Estar bem psicologicamente não é luxo, é requisito básico para quem passa tantas horas no trânsito.

Os motociclistas que querem incluir o EAR na categoria A têm ainda mais requisitos. Não basta só pedir. É preciso ter pelo menos 21 anos, já ter dois anos de habilitação nessa categoria e, além disso, passar no curso de motofrete ou mototáxi.

Por fim, cada exame e cada regra têm uma razão de existir. O exame médico confirma se a visão e a saúde geral permitem dirigir com segurança. O toxicológico elimina a possibilidade de conduzir veículos de grande porte sob efeito de substâncias.

E o psicológico dá a certeza de que a pessoa consegue lidar com as pressões da atividade. Não é exagero dizer que esses filtros acabam salvando vidas, mesmo que muitos motoristas vejam tudo isso apenas como gasto ou perda de tempo.