Sergio Valente, diretor de Comunicação da Globo

O Diretor de Comunicação da Globo, Sergio Valente, realizou uma palestra destinada a publicitários no Festival do CCSP (Clube de Criação de São Paulo), no último sábado (20). Lá, ele fez algumas declarações, onde falou a sua opinião sobre a atual situação da emissora em relação à audiência, que vem caindo ano após ano.

Com inúmeras notícias que são divulgadas na mídia, onde mostram os baixos índices que as novelas e séries do canal vem registrando ultimamente, o executivo se mostrou incomodado com isso, desabafando sua opinião para todos. Lá, ele acabou soltando um “f*da-se” aos que dizem que essas produções fracassam por causa da baixa audiência.

“Precisamos ter várias profundidades que desafiem as pessoas a ‘dar mergulhos’, como fizemos neste ano com O Caçador, Dupla Identidade. Meu Pedacinho de Chão, um produto às 18h, um primor de direção de arte. Um puta de um sucesso. Aí o cara diz: ‘Ah, mas teve uma curva de audiência baixa’. Foda-se você com esse pensamento velho, cara! Você precisa olhar a relevância das coisas, e não só a audiência”, afirmou Valente.

Em entrevista ao jornalista Paulo Pacheco, Sergio explicou o desabafo e disse:  “Olhar somente a audiência é olhar com miopia. Você precisa ver a relevância do produto. A audiência é uma das formas de você medir o sucesso. Olhar somente a audiência é uma bobagem”, esclareceu o publicitário, afirmando que a Globo não se preocupa apenas com a audiência.

“A questão não é a audiência a qualquer preço. Nós acreditamos em uma plataforma calcada em qualidade, criatividade e inovação. E você só consegue isso com talento”, disse. Ele ainda elogiou a novela “Império” e cutucou “Em Família”, que teve a pior audiência das novelas do horário.

“Quando você tenta o novo, você erra. E você não pode ter medo de errar. A única coisa que você precisa é ter compromisso de consertar o erro rapidamente. A última novela não foi um primor. Império é um Império. Horário político é uma destruição de audiência. Império pega de 13 para 29, e só consegue porque o produto é bom”, afirmou Sergio Valente, ao falar da rapidez em corrigir o que está errado.

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