Diretor da Globo se define como chato e controlador: "É meu trabalho enxugar o que é artificial" - TV Foco https://tvfoco.uai.com.br/diretor-da-globo-se-define-como-chato-e-controlador-e-meu-trabalho-enxugar-o-que-e-artificial O TV Foco desde 2006 leva as melhores notícias da tv para milhares de brasileiros todos os dias. Tudo sobre tv e famosos, novelas, realities. Thu, 13 Nov 2025 15:25:00 +0000 pt-BR hourly 1 GN Publisher v1.5.24 https://wordpress.org/plugins/gn-publisher/ Diretor da Globo se define como chato e controlador: “É meu trabalho enxugar o que é artificial” https://tvfoco.uai.com.br/diretor-da-globo-se-define-como-chato-e-controlador-e-meu-trabalho-enxugar-o-que-e-artificial/ Wed, 28 Sep 2016 20:53:59 +0000 http://www.otvfoco.com.br/?p=459361 http://tvfoco.uai.com.br/wp-content/uploads/2015/05/Daniela-Mercury.jpg
Diretor Vinicius Coimbra em entrevista ao "Ofício em Cena", na Globo News (Foto: Globo/João Cotta)
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Diretor Vinicius Coimbra em entrevista ao "Ofício em Cena", na Globo News (Foto: Globo/João Cotta)

Diretor Vinicius Coimbra em entrevista ao “Ofício em Cena”, na Globo News
(Foto: Globo/João Cotta)

Ele se define como um diretor muito chato e controlador. Acredita na parceria, mas se o ator não gosta de ser dirigido prefere nem trabalhar com ele. Essas são algumas das convicções que Vinícius Coimbra, diretor de TV e cinema, expôs no ‘Ofício em Cena’ desta terça-feira (27).

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No programa, o diretor, que assinou trabalhos de sucesso na televisão como as novelas ‘Liberdade,  Liberdade’, ‘Lado a Lado’ – eleita a melhor novela da TV mundial com o Emmy Internacional em 2013 – e a minissérie ‘Ligações Perigosas’, contou como prepara uma cena e como é sua relação com os atores no set, durante as gravações. “Eu aprendi que a direção do ator não deve passar pela razão. É feita de poucas palavras e às vezes até sem palavras. Descobri que você consegue dirigir um ator sem falar nada. Existe uma conexão energética, não sei de que natureza ali. Você ouve o ator e o ator te ouve sem vocês precisarem entrar no campo da razão”, revelou.

Adepto do que chama de “gesto mínimo, palavra mínima”, o diretor considera que o fundamental é tirar o que é artificial no trabalho do ator, o que não está conectado com a emoção dele:  “Quando o ator está fazendo muito é porque ele não está sentindo muito. Normalmente,  isso é um recurso, um artifício que o ator usa para suplantar a falta do sentimento”. Ele explicou ainda que faz parte do seu ofício dar à cena o tom exato da emoção. “Às vezes a pessoa se prepara tanto que acaba entrando em cena com uma emoção maior do que ela pede. Faz parte do meu trabalho enxugar o que é artificial no trabalho do ator, o que não está conectado com a emoção dele”, explica.

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Além das novelas e filmes, Vinícius Coimbra é fascinado por clássicos da literatura, o que fez com que ele adaptasse Shakespeare, Choderlos de Laclos e Guimarães Rosa. Apesar de não se achar um bom roteirista – “não sou um bom escritor, sou um bom adaptador, acho que interpreto bem bons textos” –, esses trabalhos não o intimidaram pela envergadura dos textos, mas o ensinaram a respeitar a palavra original e a confiar no sentimento do autor. “Pesquisando sobre como o (Walter) Avancini tinha feito o “Grande Sertão, Veredas”, eu descobri que ele teve alguns textos adaptados, alguns scripts, e  no final das contas jogou tudo fora, pegou o livro, botou debaixo do braço e foi para o sertão. Aquilo me tocou muito. Falei: ‘Ele confiou na palavra do Rosa. Em vez dele modificar a palavra, ele confiou.’ E usou realmente textos na íntegra do “Grande Sertão. Eu resolvi ir nessa”, conta.

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