Rede de cinemas com mais de quinhentas salas enfrenta uma dívida bilionária e luta para evitar um colapso financeiro e falência
A Cineworld, que é a segunda maior rede de cinemas do mundo, enfrentou uma crise financeira monumental, com uma dívida líquida estimada em US$ 8,81 bilhões. A dívida gigante que arrastou a Cineworld para o centro da crise surgiu antes que o mercado percebesse a gravidade da situação.
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A empresa carregava um passivo que ultrapassava oito bilhões de dólares e tentava manter suas mais de quinhentas salas abertas enquanto buscava alguma saída. Porém, ela entrou com pedido de proteção contra falência nos Estados Unidos em 2022 e usou o Capítulo onze para impedir o colapso imediato do grupo.
Além disso, a direção afirmou que precisava daquele tempo para reorganizar tudo e evitar um encerramento brusco das operações.
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A pandemia tinha destruído a base financeira da rede e isso ficou claro nos dois anos mais críticos. As salas fecharam, os lançamentos atrasaram e o movimento despencou de forma brutal.
A Cineworld relatou perdas em sequência e viu a dívida crescer de maneira acelerada. Ela buscou financiamentos emergenciais e afirmou que continuaria funcionando enquanto negociava com bancos e credores. Contudo, a empresa recebeu quase dois bilhões de dólares para operar durante o processo de reorganização e tentou ganhar fôlego dentro desse cenário.
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O que aconteceu com a Cineworld?
Em 2023, a rede viveu outro baque quando não encontrou compradores para seus negócios nos Estados Unidos, no Reino Unido e na Irlanda. Ela apresentou então um novo plano de reestruturação e tentou convencer investidores de que ainda possuía valor de mercado. Esse plano reduzia a dívida em mais de quatro bilhões de dólares e transformava parte do passivo em participação acionária. O restante seria reorganizado por meio de novos financiamentos.
O presidente executivo Mooky Greidinger declarou que esse acordo representava um voto de confiança nos negócios do grupo. Ele afirmou que a Cineworld buscava criar uma base mais sólida para atualizar salas e investir em formatos imersivos. A direção acreditava que o público ainda desejava a experiência tradicional do cinema mesmo após a explosão do streaming.
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Apesar desse movimento, as ações da empresa desabaram de forma dramática. Elas atingiram níveis quase simbólicos e perderam praticamente todo o valor histórico. Esse comportamento mostrou que muitos investidores duvidaram da capacidade real de recuperação.
No entanto, a empresa recebeu um alívio importante quando saiu do processo de falência em agosto de 2023. Ela anunciou que reduziu a dívida, levantou capital novo e garantiu mais financiamento para o período pós reestruturação. A saída trouxe algum otimismo interno, mesmo que limitado.
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Por fim, a empresa segue atualmente operando, porém mesmo com esses ajustes, a rede ainda enfrenta riscos consideráveis. O mercado mudou, o público adotou novos hábitos e a concorrência cresceu de forma agressiva. Só o tempo poderá dizer o que será do futuro dessa grande rede de cinemas.
