Empresa chegou a rivalizar com grandes atacarejos, mas não resistiu à crise financeira e decretou falência após decisão judicial
Inicialmente, uma rede de supermercados bastante conhecida no Centro-Oeste teve o destino selado após acumular dívidas superiores a R$ 10 milhões. Diante do cenário, a Justiça decretou a falência da empresa, que não conseguiu cumprir os compromissos assumidos durante o processo de recuperação judicial.
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Com isso, o encerramento das atividades provocou impacto direto no varejo regional e colocou fim a uma trajetória que, por muitos anos, marcou o cotidiano de milhares de consumidores.
Justiça decreta falência após descumprimento de acordo
Em seguida, a Justiça confirmou a falência da rede Compre Mais em 25 de maio de 2017, por decisão do juiz Luís Otávio Pereira Marques, da 4ª Vara Cível de Várzea Grande, em Mato Grosso.
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De acordo com a decisão, a empresa descumpriu o plano de recuperação judicial aprovado em 2013, deixando de honrar acordos firmados com credores ao longo do processo.
Entre os principais pontos analisados pelo magistrado, destacam-se:
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- Falta de pagamentos dentro dos prazos estabelecidos
- Ausência total de repasses às instituições financeiras
- Quebra de cláusulas centrais do plano aprovado
Tentativa de recuperação não saiu do papel
Antes disso, em junho de 2013, a Compre Mais entrou com pedido de recuperação judicial ao declarar uma dívida inicial de R$ 10,9 milhões. Na ocasião, a proposta previa prazos de carência de até 18 meses para o início dos pagamentos.
No entanto, conforme apontaram relatórios do administrador judicial, nenhum valor foi quitado, nem mesmo após o fim do período de carência. Com o agravamento da crise financeira, a rede passou a fechar unidades de forma gradual.
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Fechamento de lojas agravou impacto social
Até então, a Compre Mais chegou a operar oito unidades. Contudo, com o avanço do processo judicial, apenas uma loja permaneceu em funcionamento.
Além disso, a empresa afirmava gerar cerca de 2.200 empregos diretos e indiretos, número que foi diretamente afetado após a decretação da falência. Como resultado, funcionários e fornecedores ficaram sem perspectiva de recebimento imediato, ampliando os efeitos do colapso financeiro.
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Como a situação se tornou irreversível?
Embora o pedido inicial de recuperação apontasse pouco mais de R$ 10 milhões em dívidas, documentos posteriores indicaram que o passivo da rede ultrapassava R$ 35 milhões. Diante desse crescimento descontrolado, qualquer tentativa de reestruturação se tornou inviável.
Assim, a Justiça concluiu que não havia mais condições de continuidade das operações, selando o fim definitivo da empresa.
Em síntese, a falência da Compre Mais escancara os riscos enfrentados por redes regionais de supermercados diante de má gestão financeira, concorrência agressiva e descumprimento de acordos judiciais.
Por fim, o caso reforça que a recuperação judicial exige disciplina rigorosa e capacidade real de pagamento. Sem isso, o desfecho costuma ser inevitável: portas fechadas e fim das atividades.
