Divida de R$70M e risco de falência: Farmácia tradicional está prestes a dar adeus após se afundar

Farmácia tradicional, após 67 anos, corre risco de falência em meio às dívidas e a uma crise que se arrasta desde a pandemia.
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Rede de farmácia pode dar adeus a qualquer momento após se afundar (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/TV Foco/Canva)

Rede de farmácia pode dar adeus a qualquer momento após se afundar (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/TV Foco/Canva)

Farmácia tradicional, após 67 anos, corre risco de falência em meio às dívidas e a uma crise que se arrasta desde a pandemia

Há quase sete décadas, uma grande e tradicional rede de farmácias construiu uma história sólida no Rio Grande do Sul, tornando-se parte essencial da rede de saúde gaúcha e referência para milhares de consumidores.

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Contudo, nem a tradição de 67 anos nem o papel vital na comunidade conseguiram blindar a empresa de um colapso financeiro.

Trata-se da Maxxi Econômica, que nasceu em Canoas e protocolou oficialmente um pedido de recuperação judicial.

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A ação expõe um passivo alarmante e um forte risco de falência, o qual a coloca em uma posição que pode dar um adeus definitivo a qualquer momento, caso a situação não mude favoravelmente a ela.

Apenas para dar uma noção da complexidade, a Maxxi, que operou 200 lojas no auge, reduziu drasticamente o seu tamanho. Hoje, a rede luta com apenas 60 unidades, enquanto tenta reverter a crise.

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Sendo assim, com base em informações do GZH, O Povo e Estado de Minas, trazemos abaixo mais informações sobre o caso e uma estimativa do que deverá ocorrer com ela.

Um cenário devastador

Conforme mencionamos no início desse texto, a Maxxi Econômica construiu sua história desde a década de 50.

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Inclusive podemos dizer que ela acompanhou o desenvolvimento urbano e o aumento do consumo farmacêutico gaúcho.

Por décadas, a empresa conquistou espaço em cidades médias e pequenas, tornando-se reconhecida pela oferta de medicamentos a preços acessíveis e pelo atendimento personalizado.

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Contudo, a partir dos últimos anos, o cenário derrubou a estabilidade da rede.

A empresa viu a elevação dos custos operacionais, o aumento do endividamento bancário e a queda no poder de compra dos consumidores.

Para piorar, a pandemia da Covid-19 intensificou as dificuldades, causando o fechamento de lojas no entorno e a redução da circulação de clientes.

Por fim, no ano de 2024, uma tragédia climática agrava drasticamente a situação financeira.

A enchente histórica que atingiu o Rio Grande do Sul comprometeu diretamente 20 unidades da rede.

A própria empresa revelou que as águas destruíram estoques, danificaram a estrutura física e cortaram as receitas essenciais para o caixa.

Uma dívida de milhões

O processo de recuperação judicial, protocolado em 2025, expôs um passivo total de R$ 71,5 milhões, composto majoritariamente por dívidas com bancos, fornecedores e ex-funcionários.

Mas, quando somamos as obrigações tributárias e os débitos com cooperativas farmacêuticas, o montante ultrapassa R$ 100 milhões, conforme exposto pelo blog da Masson Advogados Veja aqui*.

Diante da falta de liquidez e da pressão dos credores, a Maxxi Econômica escolheu a reestruturação judicial, medida que representa a última tentativa de evitar a falência.

O plano apresentado à Justiça prevê:

Manifestação:

Em nota oficial, a rede afirmou que o pedido de recuperação busca “preservar empregos, reorganizar passivos e assegurar a continuidade da prestação de serviços essenciais de saúde à população gaúcha”.

Conforme citado acima, a empresa destacou o impacto das crises externas sobre o setor e reforçou que não existem planos imediatos de fechamento total das unidades.

Vale destacar que não foram encontradas manifestações extras sobre o caso, no entanto o espaço segue em aberto.

A Maxxi Econômica pode se salvar?

O desfecho da Maxxi Econômica depende agora da aprovação judicial de seu plano e da capacidade da rede de manter o equilíbrio entre a sobrevivência financeira e a manutenção de um serviço vital.

A possível falência ameaça não apenas os empregados, mas também comunidades inteiras que usam suas lojas para acesso a medicamentos básicos.

O caso revela os desafios do varejo regional, pressionado pela concentração de mercado e pelos custos crescentes de logística no país.

Mas, para saber mais informações sobre outras falências, clique aqui*.

Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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