É possível amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo?

Entenda o que mostram estudos sobre o amor múltiplo, como lidar com essa realidade na prática e quais os caminhos éticos e emocionais para relações transparentes
Desde os primórdios, as relações humanas desafiam classificações simples. Afinal de contas, elas combinam desejo, vínculo, convivência, idealizações e até biologia.
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Em um emaranhado de sentimentos e intenções, surgem situações que parecem romper os limites tradicionais do afeto.
Uma delas, inclusive, é a que mais provoca desconforto e curiosidade em igual medida: Afinal, é possível amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo?
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Muitos não gostam nem de pensar
Pois é, esse tabu já se tornou um verdadeiro clássico e muitos evitam pensar ou fazem essa pergunta apenas para si mesmos, com medo de julgamentos alheios e afins.
Enquanto uns a verbalizam apenas em momentos de crise, já outros vivem essa realidade sem saber como nomeá-la ou aceitar que se trata de uma relação não monogâmica.
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No entanto, a monogamia, embora culturalmente dominante em muitas sociedades ocidentais, não é uma norma universal nem inquestionável.
Por isso, o questionamento sobre a possibilidade de amar múltiplas pessoas simultaneamente ganha força à medida que os modelos de relacionamento se diversificam.
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O que a ciência sabe sobre a não monogamia?
A ciência comportamental e neurológica tem investigado esse fenômeno com atenção crescente.
Pesquisas em neurociência indicam que diferentes tipos de amor ativam áreas distintas do cérebro, conforme podem ver por aqui*.
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O amor romântico, aquele que parece existir somente em filmes e novelas, envolve circuitos relacionados à recompensa e à motivação, especialmente o sistema dopaminérgico — o mesmo que responde por vícios e prazeres intensos.
Já o amor real é mais companheiro e se baseia em vínculo e confiança, acionando regiões ligadas à empatia e à segurança, como o córtex pré-frontal medial e o hipotálamo.
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Isso sugere que é biologicamente possível experimentar sentimentos profundos por mais de uma pessoa sem que um necessariamente anule o outro.
Além disso, estudos em psicologia evolutiva e antropologia apontam que sociedades diferentes lidam com a afetividade de formas diversas.
Em algumas culturas africanas e asiáticas, por exemplo, a não monogamia não apenas existe como é reconhecida como uma instituição válida.
Já a psicologia clínica também reconhece que o amor múltiplo não representa, por si só, um desvio ou patologia, desde que haja transparência, ética e consentimento entre os envolvidos.
Como lidar, na prática, com o amor por mais de uma pessoa?
Diante dessa realidade, o que fazer, na prática, quando se percebe amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo?
Especialistas recomendam, primeiro, honestidade consigo mesmo. Isso significa:
- Identificar o tipo de afeto envolvido em cada vínculo;
- Se há paixão;
- Se existe apego;
- Se a admiração prevalece;
- Ou se trata de uma simples idealização.
Em seguida, é fundamental uma comunicação clara com os parceiros afetivos. O diálogo transparente sobre limites, desejos e expectativas evita conflitos e ressentimentos.
Terapia individual ou de casal também pode oferecer ferramentas para lidar com dilemas morais, sociais e emocionais impostos por essas situações.
Em última instância, o consentimento ético entre todos os envolvidos é o pilar de qualquer arranjo não convencional.
Além disso, o respeito consigo e com os sentimentos alheios deve prevalecer em qualquer situação! Por fim, amor não se explica, se sente… E se compartilhado de forma genuína, por que não?
Conclusão:
Em suma, a ciência confirma que o cérebro humano comporta mais de um vínculo amoroso simultaneamente.
Estudos apontam que o amor não se esgota como um recurso finito, mas se manifesta em formas diversas.
Inclusive, a própria psicologia reforça que o amor múltiplo não representa falha de caráter. No entanto, o mais importante segue sendo a transparência e o respeito entre os envolvidos.
Mas, para saber mais sobre outras curiosidades, clique aqui*.
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.