Edir Macedo é dono de banco tão grande quanto o Nubank, que está à venda e teve prejuízo de 95 milhões

Edir Macedo, da Record, é dono de banco tão grande quanto o Nubank, que está à venda e teve prejuízo de 95 milhões

04/07/2025 13h20

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Edir Macedo é dono de banco grande, tem prejuízo de 95 milhões (Foto: Reprodução/Montagem TV Foco)

Banco de Edir Macedo acumula prejuízo de R$ 95 milhões e entra em rota de venda

O banco Digimais, controlado por Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da TV Record, enfrenta uma grave crise financeira e de identidade. Segundo apuração da coluna Painel S.A., da Folha de S.Paulo, o banco está à venda após registrar um prejuízo de R$ 95 milhões em 2023.

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Com um passivo acumulado de R$ 9,5 bilhões e R$ 7,4 bilhões em depósitos, o Digimais busca se reposicionar no mercado ou encontrar um comprador disposto a assumir a operação — algo que até agora não aconteceu.

Em março deste ano, o banqueiro Maurício Quadrado, ex-sócio do Master e atual dono do BlueBank, recuou da intenção de comprar o Digimais. Ele não comentou os motivos da desistência, alegando cláusula de sigilo nas negociações.

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A saída de Quadrado deixou o banco ainda mais exposto, numa disputa acirrada com grandes fintechs como o Nubank. Embora o Digimais tenha porte semelhante em alguns indicadores, não conseguiu atrair o mesmo interesse do mercado.

Empréstimos a fiéis: o início da queda

De acordo com fontes envolvidas nas negociações, os problemas começaram com empréstimos feitos a fiéis da Igreja Universal. A estratégia, que visava atrair e fidelizar clientes, acabou comprometendo o pagamento do dízimo — uma das principais fontes de receita da instituição religiosa.

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Diante do alerta financeiro, o banco migrou seu foco para crédito de veículos, que hoje representa 77% da carteira ativa, com um estoque de R$ 1,7 bilhão. O restante está concentrado em crédito consignado para funcionários da Record e da própria igreja.

Braço imobiliário e tentativa de digitalização

O banco também administra um fundo de investimento imobiliário, que gerencia os imóveis próprios onde funcionam templos da Universal. Essa operação gera uma receita modesta, baseada na valorização patrimonial.

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Diante do fracasso em fidelizar exclusivamente o público da igreja, o Digimais tentou se reposicionar como banco digital, apostando em uma marca mais moderna. No entanto, a concorrência com grandes fintechs como Nubank, Inter e C6 Bank tornou o cenário ainda mais desafiador.

Venda sem interessados

Com dificuldades crescentes e resultados negativos, Edir Macedo autorizou a venda do banco. A ideia é se desfazer do Digimais antes que a situação piore ainda mais. No entanto, nenhum comprador se apresentou até o momento.

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Procurada pela Folha de S.Paulo, a Igreja Universal do Reino de Deus negou qualquer envolvimento direto com o banco e afirmou, por meio de assessoria, que não tem informações sobre o Digimais. Edir Macedo não respondeu aos contatos da reportagem, e o banco também não se pronunciou.

Conclusão

O Digimais, banco ligado a Edir Macedo, enfrenta um cenário crítico, com prejuízo de R$ 95 milhões e tentativas frustradas de venda. A estratégia inicial de focar em fiéis da Igreja Universal falhou, e a tentativa de modernização não resistiu à concorrência com grandes fintechs. Sem interessados na compra, o futuro da instituição permanece incerto e sob pressão.

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Autor(a):

Sandra Cotrim é jornalista com anos de trajetória no TV Foco, onde atua como uma das principais redatoras na cobertura de televisão, celebridades e atualidades há mais de quatro anos. Assim, com forte apuração jornalística e olhar analítico, dedica-se a informar o público com credibilidade, profundidade e atenção aos bastidores do mundo da TV.

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