Em dia de semifinal, “Ídolos” derrapa no ibope

Roberta Miranda provoca abalo no sertanejo ao expor cantores com filhos que vivem vidas escondidas e afirma que todo mundo sabe Roberta Miranda reacendeu um debate antigo dentro do sertanejo e expôs um incômodo que muitas pessoas preferem ignorar. Ela afirmou que vários cantores sustentam uma imagem pública calculada para parecerem heterossexuais e manterem o apelo junto ao público feminino. Contudo, a declaração sobre homens que se apresentam como machões apesar de se relacionarem com outros homens caiu como um choque dentro do meio e abriu espaço para discussões mais profundas sobre padrões e pressões impostas pela indústria. Roberta Miranda (Foto: Reprodução/ YouTube/ Canal André Piunti) "No meio sertanejo há muitos homens que mostram para a sociedade que são machões, mas são gays e gostam de homens", afirmou. O início dessa crítica parte de um ponto que Roberta conhece bem. A cantora já contou que escondeu sua sexualidade durante anos após fazer uma promessa à mãe. Ela disse que teve medo de perder espaço em um setor que punia escândalos com rigor. Porém, essa experiência pessoal a levou a observar as contradições do próprio ambiente sertanejo que cobra autenticidade dos artistas enquanto exige que eles se encaixem em modelos rígidos de comportamento. O que Roberta Miranda falou? Segundo Roberta, muitos artistas vivem relacionamentos públicos que servem apenas para manter uma imagem aceitável diante do público. Ela questionou a sinceridade de alguns casamentos muito celebrados e afirmou que várias uniões parecem existir por conveniência. Esse tipo de observação revela um ambiente onde a aparência vale mais que a verdade e onde a pressão pelo padrão ideal cria vidas paralelas. Mesmo assim, Roberta reforça que assumiu sua bissexualidade com orgulho. Essa decisão funciona como uma ruptura com o silêncio de décadas e também como exemplo para outros artistas que ainda vivem presos ao medo. Sua postura abriu espaço para conversas mais sinceras sobre identidade e exposição pública. A cantora também chamou atenção para o desgaste emocional dessas máscaras. Manter uma vida oculta exige esforço constante. Além disso, prejudica relações afetivas e cria angústias que se acumulam com o tempo. Ela afirma que conhece esse desgaste porque viveu algo semelhante e que por isso observa o meio sertanejo com mais clareza. Contudo, mesmo com essas barreiras, Roberta afirma que é possível avançar. Ela acredita que novas gerações enxergam essas discussões com mais naturalidade. Além disso, elas enxergam o entretenimento como um espaço onde a pluralidade deve existir sem medo. Isso pressiona o gênero sertanejo a rever velhas práticas. Por fim, ela cobra coragem e sinceridade de artistas e do público e questiona valores que sustentam uma tradição resistente a mudanças.

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Deivison Lima

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