A trama de Carrasco saiu de cena e entrou, na última segunda-feira (03), a nova e última Helena de Manoel Carlos, na novela “Em Família”. Porém, apesar de começar segunda-feira, o folhetim de Maneco só estreou mesmo nesta última sexta-feira (07). Com quatro capítulos definitivamente arrastados – um ritmo peculiar do autor, mas com uma dose nunca antes vista – a nova trama das 21h vem capengando na audiência e colaborando ainda mais para a já complicada situação da Globo com suas atuais novelas.

Uma estreia deve ser sempre uma estreia, com cenas capazes de fisgar os telespectadores, os melhores diálogos, fotografias beirando a perfeição (teve disso, apenas), e sobretudo com ganchos bem estruturados. Todos esses elementos só foram vistos na sexta-feira, sendo assim, o quinto capítulo tornou-se a verdadeira estreia. Se essas fases de Helena, Laerte, Virgílio e Cia. eram necessárias, que tivessem, em outra perspectiva, inserido os elementos citados. A audiência sem dúvida teria correspondido melhor, desde o início.

Ninguém pode nunca duvidar da capacidade e do talento de Maneco, com seus enredos familiares poéticos e bem construídos. No entanto, os admiradores desse tipo de narrativa que prima pela lentidão estão cada vez mais diminuindo. Sendo este tipo preterido em virtude das narrativas modernas e ágeis. Por fim, não sejamos injustos, “Em Família” está apenas começando, a trupe de veteranos ainda nem apareceu, Maneco pode se reconstruir e dar a volta por cima com sua – provável – última novela.

Texto: Danyllo Junior

Contato: danyllojunior@hotmail.com

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