Empresa líder em eventos pede a própria falência em Cuiabá após denúncias de calote em clientes revelarem escândalo financeiro
Grande empresa de eventos de Cuiabá surpreendeu o mercado ao entrar com um pedido de falência, logo após calote em clientes.
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A decisão pegou os consumidores de surpresa, alimentou revolta nas redes sociais e levantou suspeitas sobre uma possível manobra para evitar o ressarcimento dos prejuízos.
O TV Foco, a partir do seu time de especialistas e das informações do Folha Max, detalha agora a falência da empresa Imagem Eventos.
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Falência de empresa
A empresa Imagem Serviços de Eventos Ltda., atuante há mais de 25 anos no mercado de formaturas acadêmicas, solicitou recuperação judicial em 31 de janeiro de 2025, alegando dificuldades financeiras decorrentes da pandemia de Covid-19 e aumento de rescisões contratuais.
No entanto, o juiz Márcio Aparecido Guedes, da 1ª Vara Cível de Cuiabá, negou o pedido, apontando “desleixo” na apresentação dos documentos necessários para o processo.
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Calote
O cancelamento abrupto das festas de formatura afetou centenas de estudantes de diversas instituições, como a Universidade de Cuiabá (UNIC) e o Centro Universitário de Várzea Grande (Univag).
Além disso, em um dos casos, a turma de Medicina da UNIC sofreu um prejuízo estimado em R$ 1,8 milhão.
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A estudante Alice Cristina Maccari Soares, integrante dessa turma, entrou com ação judicial solicitando o bloqueio de R$ 34,5 mil das contas da empresa e de seus proprietários.
A Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) registrou mais de 100 boletins de ocorrência relacionados ao caso e estima que o prejuízo total causado pela Imagem Eventos ultrapasse R$ 7 milhões.
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O delegado Rogério da Silva Ferreira informou que já foram ouvidas vítimas e ex-funcionários da empresa, e as investigações continuam para apurar possíveis crimes cometidos.
Ações contra a empresa
Diante da situação, os estudantes afetados têm tomado diversas medidas:
- Registro de boletins de ocorrência por suposto estelionato.
- Ações judiciais individuais e coletivas contra a empresa.
- Mobilização para protestos em frente ao escritório da Imagem Eventos.
- Acionamento de órgãos como Procon-MT e Ministério Público Estadual (MPE).
Fala da empresa
A empresa justificou o cancelamento dos eventos citando os impactos financeiros da pandemia e o aumento nos pedidos de rescisão contratual.
Além disso, em nota, afirmou que o pedido de recuperação judicial visava reorganizar suas atividades e garantir o cumprimento das obrigações. Contudo, não forneceu prazos concretos para reembolso ou remarcação das festas.
A empresa pediu falência?
Sim. A própria empresa pediu no processo que, caso não seja autorizada a mover a recuperação judicial, fosse decretada a sua falência.
Contudo, o juiz Márcio Aparecido deu 15 dias para a Imagem Eventos informar sua real dívida num novo processo de recuperação judicial que move no Poder Judiciário de Mato Grosso.
A empresa deu informações em seu pedido de recuperação judicial citando que revelou dívida de apenas R$ 889 mil.
CONCLUSÃO
Por fim, a situação evidencia a vulnerabilidade dos consumidores diante de empresas que não cumprem suas obrigações contratuais.
Além disso, o caso ressalta a importância de uma fiscalização rigorosa e de medidas legais eficazes para proteger os direitos dos consumidores e evitar prejuízos semelhantes no futuro.
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