Adeus de 20 craques e +2 reviravoltas: Erros de Textor cravam perda de 3 títulos em 1 mês no Botafogo

Da Glória Eterna ao fundo do poço: Como gestão de Textor fez o Botafogo perder três títulos em 1 mês

No ano de 2025, John Textor completa 4 anos a frente de uma das mais tradicionais equipes do futebol brasileiro, o Botafogo.

Sua gestão trouxe uma mudança de patamar para a equipe e recolocou o Botafogo dentro do cenário dos grandes no Brasil.

Há anos antes de Textor assumir, o Botafogo não figurava entre os principais do país, vivia em uma gangorra entre a série A e a Série B sem conseguir se firmar.

A chegada dele recolocou o Botafogo como peça permanente na série A do Brasileirão, subindo aliás conquistando a série B.

Desde então, os aportes passaram a ser milionários, por exemplo, em 2024, melhor ano da história do Botafogo, o clube gastou mais de R$ 300 milhões em contratações.

Só na primeira janela de 2025, mesmo com os jogadores pouco badalados ou até desconhecidos, Textor já aportou mais de R$ 530 milhões no clube carioca.

Esses aportes e o alto investimento deu certo. Em 2023 o torcedor do Botafogo pode sentir, após tantos anos, o que é brigar por um título de expressão.

O Botafogo liderou por quase todo o ano, o campeonato Brasileiro, mas, as trocas de técnicos repentinas fizeram com que o clube perdesse o gás e não conquistasse a competição.

2024, ano da Glória Eterna:

Em 2024, ano seguinte ao vexame de deixar o Palmeiras tirar uma vantagem de 13 pontos, o Textor voltou com tudo.

Contratou Artur Jorge, aposta como técnico vindo de Portugal mas com uma bagagem interessante no futebol.

Viu jogadores ‘esquecidos’ no cenário do futebol brasileiro como fundamentais para seu elenco como:

• Igor Jesus no Al Rayyan
• Luiz Henrique no Real Betis
• Adryelson que havia sido emprestado ao Lyon
• Tche Tche vindo de boa temporada após o Atlético Mineiro
• Alex Telles no Al Nassr

Além disso, nomes como Alexander Barboza do Libertad, o angolano Bastos e o Thiago Almada, como jogador da MLS, fez com que o Botafogo fosse doutrinante em 2024.

O resultado não poderia ter sido outro. A Libertadores pela primeira vez na história e o Brasileirão que não era do Fogão desde 95 voltou ao Rio de Janeiro.

Entretanto, tudo foi por água abaixo sem antes terminar a temporada.

Mundial de clubes e o início da decadência:

Coloco o início dos problemas do Botafogo após 72 partidas na temporada, fazendo uma viagem ruim e as pressas para o Mundial de Clubes da FIFA.

O Fogão enfrentou o Pachuca, 7 vezes campeão mexicano, em um formato diferente da competição.

Por conta da inserção da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, agora, o Mundial de Clubes como conhecíamos virou Copa Intercontinental.

O Botafogo iniciou nas quartas de final, mas, em um jogo extremamente apagado, levou 3 a 0 e foi precocemente eliminado.

Poucos dias depois da derrota a primeira baixa: Artur Jorge aceitara um contrato do Al Rayyan do Catar.

O pilar do time e o técnico capaz de conquistar os dois maiores títulos do Brasil dava adeus ao elenco do clube.

Com ele, os principais nomes saíram do time, principalmente em transações envolvendo os times da Eagle Football.

Essa empresa é formada por um grupo de investidores que aportam em clubes de futebol. Textor é um investidor.

Nomes como Thiago Almada e Adryelson foram para o Lyon de forma definitiva, o zagueiro, aliás, sequer ficou no clube francês.

Vendas desenfreadas

Mas, não apenas os dois nomes saíram. O Botafogo anunciou outras 18 saídas do elenco de 2024.

• Artur Jorge: Vendido ao Al-Rayyan
• Luiz Henrique: Vendido ao Zenit
• Rafael: Aposentou
• Almada: Vendido ao Lyon
• Tchê Tchê: Vendido ao Vasco
• Pablo: Retornou ao Flamengo
• Marçal: Não teve contrato renovado
• Adryelson: Retornou ao Lyon
• Gatito Fernández: Vendido ao Cerro Porteño após 7 anos de Botafogo
• Hugo: Emprestado ao Vitória
• Eduardo: Vendido ao cruzeiro
• Raí: Emprestado ao Boavista
• Tiquinho Soares: Vendido ao Santos
• Lucas Barreto: Vendido ao Atlético Goianiense
• Júnior Santos: Vendido ao Atlético Mineiro
• Carlos Alberto: Vendido ao Sport
• Lucas Halter: Emprestado ao Vitória
• Valentín Adamo: Emprestado para o Boston River
• Matheus Nascimento: Emprestado ao LA Galaxy, dos Estados Unidos
• Luis Segovia: Vendido ao CRB

O Botafogo não só liberou mais da metade do seu elenco como dispensou jogadores pilares dentro do clube na briga por títulos:

Almada foi considerado um dos principais nomes do meio campo. Luiz Henrique foi o rei da América.

Além disso, Júnior Santos foi o artilheiro do clube na Libertadores, Marçal e Tchê Tchê eram titulares incontestáveis.

Gatito Fernandez, há 7 anos no clube tinha uma identificação única como ídolo mesmo sendo reserva de John.

Tiquinho Soares foi o artilheiro em 2023, Eduardo dominou o meio campo do clube entre outros nomes.

A venda deles se une a outro problema extremo dentro do Botafogo: Time que está ganhando não se mexe!

Contratações que (ainda) não renderam e não tem histórico bom:

Para suprir o adeus dos seus jogadores, o Botafogo, portanto, tentou contratar nomes que poderiam vingar, como um raio caindo duas vezes no mesmo lugar:

• Jeffinho: Chega do Lyon
• Jair Cunha: Vem do Santos
• Kauan Lindes: Estava no Botafogo que exerceu a compra
• Léo Linck: Chega do Athletico
• Wendel: Comprado do Zenit
• Artur: Comprado do Zenit
• David Ricardo: Comprado do Ceará
• Rwan Cruz: Chega do Ludogorets
• Nathan Fernandes: Chega do Grêmio
• Santiago Rodríguez: Meia uruguaio é a 3ª contratação mais cara do clube
• Elias Manoel: atacante revelado pelo Grêmio estava na MLS

Uma coisa é certa, o Botafogo quer deixar um elenco jovem para que eles cresçam dentro do elenco e, portanto, entreguem resultado a longo prazo.

Jair, Kauan, Léo Linck, Wendel, Rwan Cruz, Nathan e Santiago estão na faixa dos 19 aos 23 anos, ou seja, podem virar mais para frente.

Entretanto, a saída dos jogadores experientes culminou em inúmeras falhas táticas dentro do elenco nesse ano.

Sem técnico = sem organização:

Além disso, o Botafogo une uma equipe nova, jovem, com pouco entrosamento em um combo sem uma pessoa para organizar.

Foram 3 meses completos sem treinador, uma pré temporada inteira sem um comandante, o Campeonato Carioca e 3 disputas por taça sem um líder.

Ontem (27), o Botafogo anunciou Renato Paiva, que coleciona fracassos por onde passa, mas tem a confiança de Textor.

O dono da SAF do Botafogo tentou inúmeros nomes para comandar o elenco do clube, mas, ninguém aceitou.

3 competições e 0 títulos:

Tudo isso somado junto teve um único resultado: O Botafogo perdeu 3 títulos, sendo 2 inéditos, em apenas 1 mês.

Enfrentou o Flamengo na Supercopa Rei do Brasil e perdeu por 3 a 1.

Além disso, enfrentou o Racing na Recopa Sul Americana e perdeu por 4 a 0 no agregado e, por fim, sequer se classificou entre os 8 primeiro do carioca.

Ou seja, fica sem disputar até a Taça Rio ao qual ele é o atual bicampeão.

Conclusão final:

Portanto, Textor teve o poder de recolocar o Botafogo em um lugar onde o clube que teve Garrincha, Túlio Maravilha, Manga, Nilton Santos, Sebastião Leônidas, Marinho Chagas, Carlos Alberto Torres, Heleno de Freitas, Didi, Gerson, Jairzinho, PC Caju, Quarentinha e Amarildo jamais deveria ter saído.

Entretanto, as mesmas mãos capazes de colocar o escudo do Botafogo no alto, foram as mesmas que deixaram a equipe no fundo do poço após um ano tão GLORIOSO.

QUAL A PRÓXIMA PARTIDA DO BOTAFOGO?

Agora, o Fogão terá quase 1 mês de descanso para preparar o elenco e iniciar o Brasileirão de 2025 enfrentando o Palmeiras no dia 29 de março no Allianz Parque com horário a ser oficializado.