R$270 milhões: O estouro de cofres da Gol para comprar companhia rival gigante, virar dona e pagar dívidas

Tv Foco mostra hoje atrizes brasileiras dos anos 1990 já chegaram aos 50 anos, mas continuam arrancando suspiros por onde passam.

16/07/2023 8h20

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A Gol estourou cofres afim de comprar companhia aérea rival. se tornando dona absoluta da mesma (Foto Reprodução/Montagem/Tv Foco)

A Gol estourou os cofres para conseguir comprar uma de suas maiores concorrentes

O ano era de 2012 quando a Gol Linhas Aéreas, uma das nossas maiores companhias aéreas do país, anunciou a compra de 100% do capital total de uma concorrente da época , virando assim, dona absoluta da companhia.

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Estouro de cofres

Estamos falando da Webjet, que foi criada por executivos do mercado financeiro no ano de  2004, mas começou a operar apenas em 2015.

Segundo o portal Jornal do Comércio, poucos meses depois de fazer os primeiros voos, a companhia enfrentou sua primeira crise e chegou a ficar três dias sem operar nenhum de seus 26 trechos.

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Em 2007, a Webjet foi comprada pela operadora de turismo CVC, que vendeu a empresa para a Gol no ano de  2011.

De acordo com o portal G1, essa transação custou aos cofres da Gol R$ 70 milhões, isso fora a dívida assumida por ela mesma no valor de  R$ 200 milhões, totalizando assim R$270 milhões.

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A aquisição só foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em 10 de outubro de 2012.

Mas foi condicionada ao cumprimento de um acordo para garantir um patamar de 85% de eficiência na operação dos slots do aeroporto de Santos Dumont, no Rio de Janeiro.

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A Gol afirmou na época, após o aval do Cade ao negócio, que pretendia concluir a integração da malha da WebJet em dezembro, divulgando até o fim do ano um plano de sinergias que poderiam ser alcançadas.

As ações da Gol subiam 0,31% às 10h20, cotadas a R$ 9,71. No mesmo instante, o Ibovespa tinha variação negativa de 0,19%.

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Demissões em massa

No dia 23. daquele mesmo mês, a Gol anunciou o início do processo de encerramento das atividades de sua controlada Webjet e a descontinuidade de sua marca.

De acordo com o ex  presidente da companhia, Paulo Kakinoff, 850 funcionários, entre tripulação técnica, tripulação comercial e manutenção de aeronaves, seriam desligados.

Desse total, 143 são técnicos (comandantes e copilotos), 400 são de operação comercial e o restante é de profissionais do grupo de manutenção. A Webjet tinha um quadro de 1.500 funcionários, que teve uma parte significativa absorvida pela Gol.

Na ocasião, o  Sindicato Nacional dos Aeronautas afirmou ter ficado surpresa com o anúncio das demissões em massa, pois em contatos com a Gol, nas últimas semanas, a direção da empresa falou que só realizaria demissões se não tivesse outra alternativa.

Fora isso, para  o sindicato, o processo de demissões  ampliaria o duopólio TAM e Gol, prejudicando trabalhadores e passageiros, levando ao aumento do valor das passagens e à piora dos serviços prestados pelas empresas aéreas.

Ainda na época a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)  informou que estaria “monitorando e fiscalizando” a desativação da Webjet e que adotou a medida para verificar se os passageiros não sofreriam nenhum prejuízo, conforme tinha sido estabelecido pela regulamentadora.

Qual foi a decisão da Justiça quanto à essa atitude da Gol?

Segundo o portal da ConJur, no dia 15 de dezembro de 2015, os comandantes, copilotos e comissários de bordo da Webjet, que foram  demitidos em 2012, tiveram que ser indenizados por terem sido demitidos sem nenhum tipo de negociação.

Os aeronautas ainda receberam o direito em optar por serem contratados pela Gol. Já os aeroviários (trabalhadores que atuam em solo) teriam  direito apenas à indenização.

Ainda de acordo com o portal, diante dessas irregularidades, o MPT-RJ ingressou com ação civil pública contra a empresa no Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ) para que ela mantivesse os empregos.

A Gol foi condenada em primeira e segunda instâncias a reintegrar os funcionários demitidos, suspender novas dispensas e pagar indenização por dano moral coletivo de R$ 1 milhão.

Além disso, foi determinada multa diária de R$ 1 mil por trabalhador, em caso de descumprimento da decisão.

 

 

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Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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