Estreia de “Sem Volta” tem efeitos toscos e arrisca com história ágil

Respiro às produções bíblicas, a série de ação e suspense “Sem Volta” estreou nesta quarta-feira (04) na Record, mas deixou a desejar, tanto em qualidade de produção, quanto em audiência (leia mais aqui).
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A série, escrita por Gustavo Lipsztein, que se passa na Serra dos Órgãos, região de Teresópolis, Rio de Janeiro, teve uma estreia com qualidade que deixou a desejar. Além de efeitos toscos, assim como já visto nas tramas bíblicas (principalmente em “Os Dez Mandamentos – Nova Temporada”, que foi feita às pressas), “Sem Volta” ainda deixava na cara o uso do chroma key, técnica realizada em um estúdio verde ou azul, em que a câmera produz a imagem de fundo.
A estreia da série foi ágil – até demais. Somente no primeiro episódio, foi mostrada a escalada dos personagens em uma montanha, eles se perdendo na floresta e ainda sendo vítimas de uma tragédia natural, o que fez com que ficassem feridos. Além disso, alguns flashbacks mostraram momentos antes dos personagens se aventurarem.
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O ritmo acelerado dos acontecimentos na estreia, no entanto, pode ser um tiro no pé na relação com o telespectador, que gosta de uma história com elementos mais bem explicados, e pode se sentir confuso, o que o afastaria. Tem que ser na medida. No ano passado, a Globo cometeu o erro inverso com sua série de suspense, “Supermax”: exibiu um primeiro episódio muito parado, perdendo a chance de fisgar o público.
É louvável o investimento da Record em um produto fora do filão bíblico (mesmo estando guardado há meses), mas ainda há muito que se evoluir.
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*As opiniões deste texto não representam, necessariamente, a posição do TV Foco.
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Autor(a):
Vitor
Formado em jornalismo, foi um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.