Falência múltipla de órgãos: a estrela do Show dos Calouros, de Silvio Santos, que se foi aos 71 anos

Tv Foco mostra hoje atrizes brasileiras dos anos 1990 já chegaram aos 50 anos, mas continuam arrancando suspiros por onde passam.

11/04/2023 13h59

3 min de leitura

Imagem PreCarregada
Jurados do "Show de Calouros", do SBT (Foto/Reprodução/SBT)

Uma grande estrela que brilhou no “Show dos Calouros”, do SBT, morreu de forma trágica deixando o país inteiro de luto

Por quase duas décadas no ar, atingindo altos picos de audiência, o programa “Show de Calouros”, do SBT, estrelado por Silvio Santos, fez parte da história da televisão brasileira, que trazia com entusiasmo jurados divertidos e carismáticos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O programa que teve sua grande estreia na década de 70, tinha como foco os calouros, pessoas comuns que davam um verdadeiro show de talento com sua voz. Claro que como todo talent show, a atração contava com uma bancada de júris impecáveis, que por vezes, faziam as famílias dos brasileiros darem altas gargalhadas.

Dentre os nomes desses tão estimados jurados, temos a de Elke Maravilha, uma das mais icônicas figuras da tv brasileira.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Personalidade única

Extrovertida, debochada, inteligente e divertida, essas eram algumas das tantas qualidades de Elke Maravilha. Inclusive a sua própria origem gera mistérios, uma vez que ela afirmou ter nascido em Lenigrado (Petersburgo, Rússia) criando um verdadeiro folclore por trás da sua origem e existência.

Pioneira na cultura da montação e dona de uma estética própria, Elke era uma drag queen mulher, com maquiagem carregada e penteados com chapéus enormes e exuberantes.

NOTÍCIAS DE PARCEIROS

Dona de um visual e uma atitude fortes, ela chegou a apanhar na rua pela forma como se vestia e foi presa por seis dias durante a ditadura militar (1964-1985), afinal tal comportamento era visto como contra-versivo nessa época tão sombria em que o país atravessou.

Um Show à parte

Foi na década de 70 que Elke Maravilha teve seu maior reconhecimento, devido às suas participações na Tv, inclusive na saudosa “Discoteca do Chacrinha”, programa no qual ela se formou como uma das juradas mais amadas pelo Brasil.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Vale destacar que o amor que ela tinha pelo eterno “Velho Guerreiro”, era tão grande, que em momentos de crise, por vezes, ela aceitou trabalhar sem receber um centavo sequer. Por conta disso Chacrinha sentia uma profunda gratidão por ela.

Na, década de 80, com a morte de Chacrinha, Elke pediu emprego a Silvio Santos. Os dois não se davam muito bem, mas Silvio aceitou o seu pedido e concedeu a ela um espaço na bancada dos jurados do “Show dos Calouros”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Uma curiosidade entre eles, é que o distanciamento era tamanho a ponto de Elke só se referir a ele como “patrão”, bem diferente de como ela tratava Chacrinha.

Na década de 90 (1993), Elke conquistou seu programa próprio na faixa vespertina do SBT, chamado “Elke, Um Talk show”, no qual era fez um sucesso estrondoso.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Porém com temas sensíveis e cheios de tabus, seu programa acabou sendo como mal visto pela direção, que da noite pro dia tirou o programa do ar. Segundo ela mesma, um casamento gay bastou para a decisão ser concluída.

Ela foi demitida em 1996, logo após o fim da atração do Show de Calouros.

Elke Maravilha e um fim de vida conturbado

Seus últimos anos de vida não foram nada fáceis de lidar. Ela perdeu seu apartamento que ficava localizado em um dos pontos mais nobres de São Paulo, a Avenida Paulista, afim de cobrir dívidas.

Apesar de todas as necessidades e dificuldades, ela nunca deixou de lado sua alegria e seu jeito divertido. Mas infelizmente, na madrugada do dia 16, de agosto de 2016, aos 71 anos de idade, Elke nos deixou após ser vítima de uma falência múltipla dos órgãos

Sua equipe, inclusive, fez questão de fazer uma nota de despedida contendo uma frase dela mesma:

“Avisamos que nossa Elke já não está por aqui, conosco. Como ela mesma dizia, foi brincar de outra coisa. Que todos os deuses, que ela tanto amava, estejam com ela nessa viagem” – Disse a nota

Quem escolheu o nome da artista?

Elke Grünupp, (nome original da famosa), após fazer  cursos de cinema e teatro e trabalhou na televisão, foi batizada como Elke Maravilha pelo jornalista Daniel Más.

 

 

 

 

 

 

 

 

NOTÍCIAS DE PARCEIROS

Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.