Autor de Tremembé revela estupr0 do Maníaco do Parque dentro da prisão: “Usando um cabo de vassoura

Entenda o embate brutal entre o Maníaco do Parque e Pedrinho Matador além da humilhação que marcou a história do sistema prisional do Brasil
A história do sistema prisional paulista guarda um dos episódios mais tensos da crônica policial brasileira, que foi o encontro entre Francisco de Assis Pereira (o Maníaco do Parque) e Pedro Rodrigues Filho (o Pedrinho Matador).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O jornalista Ulisses Campbell, autor da obra que inspira a série Tremembé (Prime Video), a qual tem dado muito o que falar, narra com detalhes como o embate de dois criminosos e a política do PCC definiram o destino do estuprador.
A ameaça e o escarro
Em entrevista ao podcast “Pela Fechadura”, no YouTube, ainda em setembro de 2024, o conflito começou logo com a chegada do maníaco na prisão.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Segundo o jornalista, quando o Francisco foi preso, o Pedrinho Matador estava fazendo cooper. Quando Pedrinho passou perto dele, ele o ameaçou, ele disse: “Cara, começa a rezar porque tu vai morrer, vou te matar”.
No entanto, Francisco tomou uma atitude que lhe trouxe sérias e brutais consequências dentro da prisão:
NOTÍCIAS DE PARCEIROS
“Aí o maníaco dá uma escarrada, puxa um catarro lá de dentro, dá uma cuspida na cara do Pedrinho Matador. E aí os policiais que estavam o segurando começaram a rir.”
A reação de Pedrinho foi imediata e fatalista:
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
“E aí o Pedrinho falou: ‘Cara, agora começa a rezar que eu vou degolar você’. E aí os atos dele falaram: ‘Cara, vai ter uma rebelião violenta aqui, esse cara vai te matar’. Pedrinho anunciou na casa de custódia inteira: “Vou matar o maníaco do parque”.
Marcola interfere
O plano de Pedrinho, no entanto, esbarrou na hierarquia da facção que dominava o presídio. Marcola, líder do PCC, não queria que um crime de repercussão atrapalhasse a estabilidade da unidade e os “negócios” da organização:
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
“PCC foi fundado dentro dessa penitenciária. Aí o Marcola foi lá, enfrentou o Pedrinho Matador e disse: ‘Olha, cara, é o seguinte, se tu matar lá o viado patinador, quem vai morrer é você. Então não venha atrapalhar meus negócios.’ E aí ele fala: “Não vou mais matar o cara”.
No entanto, impedido de assassinar Francisco, Pedrinho Matador encontrou uma forma de cumprir sua promessa de vingança sem quebrar a ordem de Marcola.
Durante uma rebelião violenta, o alvo foi a integridade física e a “honra” do Maníaco do Parque, o qual foi violado dentro da prisão:
“Só que aí o que eles fazem? Liderados pelo Pedrinho Matador, quando estoura a rebelião, eles vão pra galeria onde está o maníaco do parque, não o matam, né? Porque o cara está vivo até hoje, mas eles o estupram usando um cabo de vassoura. Tipo: A gente não pode te matar, mas a gente vai fazer um estrago aqui”.
O Maníaco do Parque foi preso em Tremembé?
De acordo com o portal Metrópoles, o Maníaco do Parque, Francisco de Assis Pereira, chegou a passar pela prisão de Tremembé, mas não ficou por lá.
Ele foi capturado em Itaqui, no Rio Grande do Sul, em agosto de 1998, perto da fronteira com a Argentina, após ser reconhecido por um pescador.
Embora a Penitenciária de Tremembé seja conhecida por abrigar criminosos de grande repercussão nacional (como Suzane von Richthofen e Elize Matsunaga), Francisco de Assis Pereira não esteve entre eles na época, pelo menos não durante a maior parte de sua sentença.
Ele cumpriu pena em outras unidades prisionais do estado de São Paulo, como a Casa de Custódia de Taubaté e, mais recentemente, a penitenciária de Iaras.
Atualmente, ele continua preso e, embora o Judiciário o tenha condenado a mais de 260 anos, o limite máximo de 30 anos para o cumprimento de pena no Brasil permite sua soltura em 2028.
Mas se quiser saber mais sobre a série Tremembé, clique aqui*.
NOTÍCIAS DE PARCEIROS
Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.
