Crise nos supermercados 2025: Entenda por que gigantes estão fechando lojas e o que está por trás do fim da era dos grandes hipermercados
A solidez do varejo alimentar sempre figurou como um dos pilares inabaláveis da economia moderna, ainda mais quando falamos em atacados, supermercados e afins.
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Afinal de contas, esse modelo de negócio sustenta cadeias inteiras de abastecimento, gera milhares de empregos e garante o acesso a produtos básicos em comunidades de todos os tamanhos.
No entanto, ao longo de 2025, nem mesmo redes consolidadas escapam da instabilidade global.
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Duas redes de supermercado de peso, uma europeia e outra norte-americana, enfrentam o que podemos chamar de “mar de dívidas” e a queda no consumo, resultando em anúncios de fechamentos em massa, os quais assustam consumidores e até mesmo abalaram o mercado com riscos de falência.
Alcampo:
De acordo com o portal A Tribuna, a rede Alcampo, braço espanhol do gigante francês Auchan, vive um momento crítico de sobrevivência operacional.
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Ainda no dia 8 de maio de 2025, a administração confirmou o encerramento de 25 unidades e o redimensionamento de outros 15 hipermercados.
Esta medida não é apenas uma “limpeza” de portfólio, mas uma resposta direta a um prejuízo acumulado que ameaça a liquidez do grupo em território espanhol.
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A empresa defende que o modelo de hipermercado gigante tornou-se um “dinossauro financeiro”.
Com a ascensão do comércio eletrônico e a preferência por lojas de proximidade, manter metros quadrados ociosos gera custos insustentáveis de manutenção e energia.
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Atualmente, o plano foca na digitalização e na redução de 3% do quadro funcional para tentar estancar a saída de capital.
Lembrando que o risco de uma falência total permanece no horizonte se estas medidas de austeridade não recuperarem as margens de lucro.
Veja o vídeo abaixo:
Daily Table:
Enquanto a Alcampo tenta cortar braços para salvar o corpo em meio ao risco de falência, a Daily Table sucumbiu totalmente.
A rede norte-americana, celebrada por transformar desperdício em comida barata para comunidades carentes, anunciou o encerramento definitivo de todas as suas operações.
De acordo com o portal GBH, o que começou como uma missão nobre terminou num beco sem saída financeiro.
O modelo de negócio da Daily Table dependia de um equilíbrio frágil entre baixos preços e subsídios externos.
Ainda em maio de 2025, a inflação nos transportes e a queda nas doações corporativas destruíram esse equilíbrio.
A direção da empresa confirma que buscou todas as linhas de crédito possíveis, mas os juros elevados tornaram o serviço da dívida impossível de pagar.
Com isso, as lojas iniciaram o processo de liquidação de stocks e dispensaram totalmente os seus colaboradores, deixando um vazio alimentar em regiões de baixa renda que agora perdem a sua principal fonte de nutrição acessível.
Mas o que está acontecendo com o setor alimentar global?
Ambos os casos revelam que o setor alimentar está sob ataque de três frentes principais:
- Dívidas estruturais: A era do crédito barato acabou. Empresas que se alavancaram no passado agora destinam quase todo o seu fluxo de caixa para pagar juros, em vez de investir na operação;
- Mudança nos hábitos de consumo: O cliente de 2025 evita grandes deslocações. O “hipermercado de fim de semana” perdeu espaço para a “entrega em 15 minutos”;
- Custos operacionais invisíveis: O aumento das taxas de energia e de manutenção de frigoríficos industriais corroeu a margem líquida, que no retalho alimentar já é historicamente baixa (cerca de 2% a 3%).
A situação atual destas redes serve de aviso para todo o setor: o tamanho já não é garantia de nada, muito menos de segurança.
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