Falência anunciada: O colapso de gigante dos transportes e passageiros abalados no RJ

A falência de uma gigante dos ônibus expôs a fragilidade do sistema municipal; Entenda o que levou uma operadora a fechar as portas
O cenário de transporte público em Rio Bonito, município do Rio de Janeiro, enfrentou um colapso que se arrastava há quase uma década. Inclusive, podemos dizer que esse colapso abalou milhares de passageiros, os quais contavam com suas linhas há anos.
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De acordo com o portal Estação Rio, em abril de 2025, a Viação São Geraldo, uma das mais tradicionais empresas da região, comunicou oficialmente à Prefeitura que encerraria suas atividades até o dia 30 de abril.
A medida expôs a situação de falência da operadora e deixou milhares de passageiros desamparados.
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Mas essa crise foi além da administração municipal, uma vez que ela remontou a mudanças estruturais, como a introdução das gratuidades, que impactaram diretamente o equilíbrio financeiro das concessões.
No entanto, a empresa acusou o Poder Público de levar a situação ao limite.
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MAS ATENÇÃO!
Vale destacar que o nome “São Geraldo” possui tradição no setor. Inclusive, vale mencionar que uma outra e antiga Viação São Geraldo (empresa interestadual), em 2015, foi incorporada ao Grupo Gontijo por motivos de reestruturação.
Contudo, essa transação não possui qualquer relação com a falência da Viação São Geraldo de Rio Bonito (RJ) e a crise das linhas municipais em 2025.
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Um comunicado devastador
A decisão da São Geraldo atingiu diretamente 27 linhas municipais e 58 funcionários diretos, que viram seu futuro profissional em risco.
Em suma, a Viação São Geraldo alegou à Prefeitura de Rio Bonito que alguns fatores levaram a empresa a um colapso financeiro como:
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- A falta de repasses de valores do Poder Executivo;
- A ausência de reajustes nas tarifas
Segundo ela, a Prefeitura de Rio Bonito:
- Não repassava há mais de três anos os valores referentes à gratuidade do transporte dos estudantes da rede municipal;
- Desde 2023, não reajustava as passagens.
De acordo com o portal Erre Jota, o comunicado à Prefeitura, assinado pelo advogado Luciano Oliveira Aragão, destacou a inviabilidade econômica que levou à interrupção dos serviços:
“Caso não fosse regularizada ainda no mês de abril de 2025, a prestação do serviço seria interrompida por força da impossibilidade econômica de sua manutenção.”
Luta dos trabalhadores
Na época, a empresa não revelou como ficaria a situação dos seus 58 funcionários.
Inclusive, o Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac) convocou uma assembleia para aquele mesmo mês de abril, em sua sede em Rio Bonito, visando assegurar os direitos dos trabalhadores.
Conforme proferido pela diretoria do Sintronac, mesmo com a situação econômica abalada, a empresa deveria pagar os direitos dos rodoviários, que cumpriram suas funções previstas em contrato de trabalho.
O presidente do sindicato, Rubens dos Santos Oliveira, afirmou que a categoria não aceitava ser penalizada pela disputa entre a empresa e o Poder Público:
“Os rodoviários não têm nada a ver com os problemas entre empresa e Prefeitura. São trabalhadores que honraram seus compromissos, têm famílias para sustentar e, por isso, marcamos uma assembleia para definir os próximos passos para assegurar os direitos de todos.”
Quais foram as consequências do fim da linha Viação São Geraldo em Rio Bonito?
Conforme exposto pelo jornalista Flávio Azevedo, por meio das suas redes sociais, o fim das operações da Viação São Geraldo em Rio Bonito resultou em caos no transporte público municipal, deixando milhares de usuários sem serviço e gerando desemprego para dezenas de funcionários.
Segundo reflexões levantadas em debates locais na época, a questão também demonstrou que o transporte público em Rio Bonito estava em um estado crítico, confirmando um impasse que as autoridades municipais precisavam resolver.
Mas, para saber mais informações sobre outras falências e colapsos, clique aqui*.
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.
