Falência, calote e leilão: O fim decadente de shopping nº1 de SP mais queridinho dos paulistas e venda à rival

Moradores de São Paulo são surpreendidos com a falência de amado shopping e desfecho surpreendente com venda pra rival

Shopping nº1 de São Paulo, um ícone entre os paulistas e conhecido por suas lojas sofisticadas e ambiente exclusivo, enfrentou um fim melancólico. A combinação de falência, calotes e a necessidade de um leilão marcou o destino do que um dia foi o centro de compras mais queridinho da cidade.

Em um desfecho surpreendente, o empreendimento foi vendido a uma rival, simbolizando uma virada dramática na história do comércio paulistano.

O Shopping Center Matarazzo, localizado na Avenida Paulista em São Paulo, não foi apenas um centro de compras, mas sim um marco histórico e cultural da cidade. Sua trajetória, iniciada em 1975, esteve intimamente ligada à memória da região e da própria metrópole, testemunhando transformações e se tornando um símbolo de modernidade e desenvolvimento.

Segundo dados do Wikipédia, o terreno onde o shopping foi erguido era parte do antigo complexo industrial das Indústrias Matarazzo, um gigante têxtil que por décadas impulsionou a economia da região. Em 1975, após o declínio da indústria têxtil, o local foi remodelado e deu origem ao Shopping Center Matarazzo. 

Pioneirismo

O Shopping Matarazzo rapidamente se tornou referência em compras na capital paulista. A grande variedade de lojas,restaurantes, cinemas e serviços atraía um público diversificado, incluindo famílias, jovens e trabalhadores da região. O shopping também se tornou palco de eventos culturais e sociais, consolidando-se como um importante ponto de encontro e lazer para os paulistanos.

Apesar do sucesso inicial, o Shopping Matarazzo enfrentou desafios ao longo dos anos. A concorrência acirrada com outros centros comerciais, a mudança no perfil do consumidor e a falta de investimentos em modernização levaram a um declínio gradual do movimento. 

Seu fim

Embora várias tentativas tenham sido feitas para revitalizar o movimento e os negócios, o shopping foi a leilão em 1997 por conta de dívidas e problemas administrativos. O grupo gaúcho Zaffari arrematou o empreendimento por 18,5 milhões de reais.

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Mesmo após a venda, o shopping continuou operando normalmente no local por mais cinco anos. Em 2002, o Sonda enfrentou uma disputa judicial devido a uma ordem de despejo emitida pelos novos proprietários, que exigiam o fechamento da loja de supermercado que operava no local.

Depois de resolvido esse impasse, o shopping foi finalmente fechado e demolido, dando lugar às obras do Bourbon Shopping São Paulo, que foi inaugurado no mesmo terreno em março de 2008.

É possível se recuperar da falência?

A legislação brasileira prevê instrumentos para que uma empresa que esteja em dificuldades possa pagar seus credores da forma mais rápida e justa possível, podendo inclusive, em alguns casos, voltar ao mercado.

É a Lei nº 14.112/2020, de Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falências, atualizada em 2020.