Após se afundar em dívidas que ultrapassavam R$ 2 milhões, Justiça decreta falência da rede líder no estado de Santa Catarina

No dia 20 de fevereiro de 2025, a Justiça de Santa Catarina, SC, decretou a falência de uma das redes de supermercados mais populares e nº 1 da região gaúcha.

Trata-se da Acácia, conhecida por operar em bairros e por sua proximidade com o consumidor. A rede se afundou em dívidas que ultrapassam R$ 2 milhões.

Neste caso, o qual chocou milhares de consumidores, os próprios administradores solicitaram a autofalência, alegando total incapacidade de manter a operação.

A juíza Aline Mendes de Godoy, da Vara Regional de Falências e Recuperações Judiciais e Extrajudiciais da Comarca de Concórdia, acolheu o pedido e nomeou um leiloeiro para avaliar e vender os bens da empresa.

Sendo assim, a partir de informações coletadas pelo documento oficial de decretação da falência, bem como detalhes expostos na NSC, trazemos abaixo mais detalhes dessa falência e as razões do seu fim.

Linha do tempo da ascensão à queda da Acácia

• 2019: A rede Acácia inaugurou sua primeira unidade em São Miguel do Oeste (SC).

Em poucos meses, ampliou sua atuação para Descanso e Iporã do Oeste, consolidando-se como uma das líderes do setor supermercadista no Oeste catarinense.

2020-2021: Durante a pandemia de Covid-19, mesmo atuando como serviço essencial, a empresa começou a enfrentar sérios entraves operacionais, incluindo:

• Restrições de horário impostas por decretos municipais;
• Escassez de mão de obra qualificada;
• Problemas no abastecimento de produtos essenciais.

2022: A Acácia passou a registrar uma queda brusca no faturamento. Além disso, as lojas começaram a operar em horário reduzido e algumas até com prateleiras vazias.

Tal situação acabou afastando clientes e aumentando a pressão financeira.

Início de 2023: A empresa paralisou todas as suas atividades e as unidades permaneceram fechadas durante o ano inteiro, enquanto cresciam os rumores de que o grupo enfrentava uma grave crise de solvência.

Fevereiro de 2025: Por fim, a Justiça oficializou a falência da rede após o pedido dos próprios gestores. O processo corre sob a condução da Vara de Falências de Concórdia.

O que disseram os documentos oficiais?

De acordo com os autos, a empresa acumulou dívidas bancárias significativas, principalmente por linhas de crédito voltadas a capital de giro e aquisição de estoque.

A Justiça então determinou a avaliação e leilão dos bens da rede. Os valores arrecadados seriam utilizados para pagamento das dívidas, conforme as regras da falência empresarial.

Além disso, os administradores afirmaram que o impacto da pandemia minou qualquer possibilidade de recuperação:

“A empresa não possui mais condições de honrar seus compromissos financeiros e operacionais” – Declarou o pedido de autofalência protocolado pelos gestores da Acácia.

Até o momento, não houve atualizações significativas sobre o andamento do leilão ou manifestações extras públicas de clientes, ex-funcionários e até mesmo da própria rede sobre esse fim.

No entanto, o espaço permanece aberto, caso a empresa queira expor a sua versão dos fatos.

Impactos locais:

O fechamento da rede deixou um vácuo no comércio de bairro. A Acácia era uma referência para a população local e seu desaparecimento afetou:

• Consumidores que perderam uma alternativa de compras acessível;
• Funcionários demitidos sem perspectiva de recontratação;
• Fornecedores que agora enfrentam calotes e inadimplência.

Mas, o que acontece com os trabalhadores em caso de falência?

Em caso de falência ou fechamentos, os trabalhadores ainda têm direito a todas as suas verbas trabalhistas, incluindo:

• Salários atrasados;
• Férias vencidas e proporcionais + 1/3 constitucional;
• 13º salário;
• FGTS e multa de 40%;
• Aviso prévio;
• Seguro-desemprego.

Conclusão

Em suma, a falência da Acácia simboliza o colapso de uma das redes mais promissoras do Oeste catarinense.

Mas, apesar de sua rápida ascensão, a empresa não resistiu às pressões financeiras e estruturais pós-pandemia.

A Justiça agora conduz o processo de liquidação dos bens, enquanto o comércio regional sente o impacto da ausência de uma marca que era símbolo de conveniência e proximidade.

Mas, para mais informações sobre casos de falências e situações de crise, acesse aqui*.

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