265 unidades lacradas: Falência de varejista nº1 no Brasil após 45 anos deixa donas de casa sem chão

Após 45 anos, maior rede varejista do Brasil declara falência e fecha 265 unidades, afetando donas de casa e consumidores em todo o país.

02/05/2025 14h20

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Falência, lojas fechadas - (Foto: Reprodução, Montagem - TV Foco)

Após 45 anos, maior rede varejista do Brasil declara falência e fecha 265 unidades, afetando donas de casa e consumidores em todo o país

Por décadas, a varejista foi sinônimo de crédito fácil, eletrodomésticos acessíveis e da sensação de conquista que tantas famílias brasileiras experimentaram ao comprar a primeira televisão ou geladeira parcelada em suaves prestações.

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Em tempos em que o consumo popular ganhava força, a famosa varejista Arapuã era mais do que uma loja, ela tinha se tornado o sonho de consumo ao alcance de donas de casa, pais de família e jovens casais.

Porém, o que era um império com 265 unidades espalhadas pelo Brasil, acabou ruindo. A falência definitiva da varejista, após 45 anos de atuação no setor, deixou uma verdadeira marca no varejo brasileiro.

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Varejista de grande sucesso

Fundada em Lins (SP) por Jorge Wilson Simeira Jacob, conforme apurado pelo TV FOCO, segundo a ‘Wikipédia’, a rede varejista começou pequena, com uma loja de tecidos herdada após a precoce perda dos pais.

Com apenas 18 anos, Jacob transformou o pequeno negócio em um gigante do varejo nacional. A virada veio com a ousadia de vender eletrodomésticos quando ninguém acreditava, a começar por seus próprios funcionários.

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Arapuã foi considerada a maior varejista de eletrodomésticos do Brasil (Reprodução: Internet)

Ademais, mesmo após prejuízo com as primeiras unidades, insistiu, apostou, e acertou. A parceria com marcas como a Walita foi um divisor de águas.

Na década de 1960, quando a inflação afastou concorrentes, a varejista cresceu sozinha. Entre 1966 e 1971, quase 100 lojas foram inauguradas. E durante o “Milagre Brasileiro”, a empresa deslanchou.

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A diversificação de negócios também foi ousada. Chocolate, banco, fábrica de eletrodomésticos, construtora e até extrato de tomate fizeram parte do conglomerado Grupo Fenícia, que comandava a Arapuã e outras marcas.

A falência

Nos anos 90, no auge, a rede era líder nacional em móveis e eletroeletrônicos. Mas o próprio crescimento desenfreado cobrou seu preço.

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Em uma tentativa radical de recuperação, a empresa fechou 120 lojas de uma só vez, reduziu drasticamente o portfólio de produtos e abriu capital na bolsa brasileira e em Nova York.

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Lojas Arapuã fechadas (Foto: Reprodução / Internet)

Ainda assim, não resistiu. A crise asiática em 1998, juros altos e a explosão da inadimplência levaram à primeira concordata.

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Nos anos 2000, tentativas de recuperação judicial se arrastaram. Mesmo com planos, negociações, alienação de bens e mudanças de foco, as dívidas só aumentavam.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decretou a falência pela segunda vez em 2020, encerrando de vez uma trajetória que parecia impossível de desmoronar.

Considerações finais

  • Em resumo, a varejista teve sua falência decretada duas vezes, uma no início dos anos 2000 e depois em 2020.
  • A Arapuã foi uma grande empresa do Brasil que, sem dúvidas, marcou gerações.
  • Ademais, seu adeus mostrou que até mesmo uma empresa gigante e consolidada pode enfrentar dificuldades e chegar ao fim.

Falência x Recuperação Judicial: qual a diferença?

Conforme o portal Vem Pra Dome, ambos os institutos visam a satisfação de dívidas de uma empresa. Contudo, a principal diferença está na continuidade ou não do empreendimento.

Na recuperação judicial, se ganha tempo para recuperar a capacidade de gerar resultados na empresa. Por outro lado, na falência, não existe a reestruturação do negócio e ele acaba fechando as portas.

A ideia da recuperação é manter o negócio ativo, gerando empregos e possibilitando que a empresa consiga pagar as suas dívidas. Na falência, ocorre o encerramento do negócio, considerado irrecuperável.

Confira mais matérias sobre falência clicando aqui.

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Larissa Caixeta é redatora no TV Foco desde 2023 e atua na produção de conteúdos voltados aos bastidores da TV, ao universo das celebridades, ao futebol e aos principais acontecimentos do momento. Além disso, também se dedica à cobertura de temas de interesse público, como benefícios sociais, beleza, saúde e assuntos que impactam diretamente o dia a dia do leitor. Desenvolve seu trabalho com responsabilidade e precisão, sempre em sintonia com o que acontece no Brasil e no mundo. Contato: larissa.caixeta@otvfoco.com.br

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