Falência decretada pelo Banco Central e rombo de R$1,3 B: Fim de 2 bancos populares chega após ruína

Tv Foco mostra hoje atrizes brasileiras dos anos 1990 já chegaram aos 50 anos, mas continuam arrancando suspiros por onde passam.

11/12/2024 10h39

5 min de leitura

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2 bancos foram extintos após falência e intervenção do Banco Central (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Tv Foco/Canva/BC)

Dois grandes bancos populares chegam ao fim após falência decretada pelo Banco Central e dívidas bilionárias

Embora sejam considerados pilares da economia e fundamentais para o funcionamento do sistema financeiro, os bancos não estão imunes a crises e colapsos.

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Casos de falências bancárias expõem não apenas problemas de gestão, mas também a vulnerabilidade de instituições que, em teoria, deveriam ser sinônimos de estabilidade.

No Brasil, o Banco Cruzeiro do Sul e Morada são exemplos de bancos que quebraram por má gestão e fraudes.

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Dois grandes bancos tiveram a falência decretada pelo BC (Foto: Reprodução/Montagem/Lennita/Tv Foco/Canva/BC)

Sendo assim, a partir de informações do portal Wiki, a equipe do TV Foco, especializada em economia, traz mais detalhes do adeus desses dois grandes bancos que acabaram em ruínas após deixarem as suas marcas na história do país.

Banco Cruzeiro do Sul

O Banco Cruzeiro do Sul surgiu em 1989 da Cruzeiro DTVM, parte do Grupo Pullman, dono do Pão Americano.

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Em 1993, a família Indio da Costa adquiriu o controle do banco, marcando o início de uma nova fase na instituição.

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Banco Cruzeiro do Sul – (Foto: Reprodução / Internet)

Apenas um ano depois, em 1994, o Cruzeiro do Sul se tornou um agente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), operando no mercado de crédito de longo prazo para empresas:

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  • Durante esse período, o banco desempenhou um papel estratégico, oferecendo linhas de crédito importantes para investimentos e capital de giro, especialmente através do programa FINAME, subsidiária do BNDES.
  • No início dos anos 2000, o Banco Cruzeiro do Sul expandiu suas operações e, em 2003, o Banco Central o designou como dealer oficial, atribuindo-lhe a mediação das negociações de títulos do Tesouro Nacional no mercado secundário e de derivativos.

Fato esse que fortaleceu sua presença no mercado financeiro, conferindo maior visibilidade e responsabilidade.

Já em 2004, a instituição diversificou ainda mais suas operações, ingressando no segmento de crédito consignado voltado para aposentados e pensionistas do INSS, e, em 2005, lançou um cartão de crédito atrelado ao mesmo modelo de cobrança.

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Do auge à queda:

No entanto, os sinais de deterioração começaram a surgir nos anos seguintes. Em 2011, a agência de classificação de risco Moody’s rebaixou a nota do banco, destacando dificuldades na captação de recursos e apontando para uma gestão financeira deficitária.

O que piorou muito em junho de 2012, quando o Banco Central do Brasil decretou intervenção no Cruzeiro do Sul.

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A medida foi tomada após a descoberta de um rombo financeiro de R$ 1,3 bilhão, resultado de créditos fictícios lançados em seus balanços.

O patrimônio líquido do banco, na época, era negativo em R$ 150 milhões.

Falência decretada:

Infelizmente, a intervenção não conseguiu reverter a situação e, em setembro de 2012, após negociações frustradas com possíveis compradores como o Banco Santander, o Banco Cruzeiro do Sul teve sua liquidação decretada pelo Banco Central.

Conforme o portal Wiki, a liquidação encerrou definitivamente as operações do banco e bloqueou os bens dos controladores para responsabilizá-los pelo rombo financeiro.

Em agosto de 2015, a falência da instituição foi oficialmente decretada pela Justiça.

Banco Morada

Por fim, temos o Banco Morada, com raízes no Rio de Janeiro. A instituição era especializada em crédito pessoal e crédito direto ao consumidor (CDC).

A história do banco remonta à fundação, em 1967, da Morada Associação de Poupança e Empréstimo, focada em financiamentos habitacionais.

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Banco Morada (Foto Reprodução/ Internet)

Posteriormente, a instituição evoluiu para uma companhia de crédito imobiliário e expandiu suas operações, financiando mais de 25 mil imóveis durante o auge do Sistema Financeiro de Habitação.

Nos anos 90 a 2000, o banco passou a se concentrar no crédito ao consumo, conquistando relevância no mercado com operações como:

  • Administração de cartões;
  • Financiamento de automóveis;
  • Empréstimos empresariais.

Esse crescimento levou a uma negociação importante em 2005, quando o Bradesco adquiriu a rede e a carteira de clientes do Morada.

A aquisição fortaleceu a presença do Bradesco no crédito pessoal e no mercado carioca e impediu que o Itaú incorporasse o Morada.

Porém, mesmo com esse histórico de destaque, o Banco Morada enfrentou dificuldades nos anos seguintes.

Quando o Banco Morada faliu?

Em abril de 2011, o Banco Central decretou intervenção na instituição devido ao comprometimento patrimonial, descumprimento de normas regulatórias e ausência de um plano viável para sua recuperação financeira.

Na época, o Banco Morada era uma instituição de pequeno porte, representando apenas 0,01% dos ativos e 0,03% dos depósitos do sistema financeiro nacional.

A situação insustentável culminou na liquidação extrajudicial em outubro de 2011, seguida pela decretação da falência em março de 2015.

(Manifestações oficiais ou declarações de ambas as instituições não foram encontradas)

Considerações finais:

Os bancos Cruzeiro do Sul e Morada, após períodos de crescimento e sucesso, enfrentaram crises financeiras profundas, marcadas por irregularidades contábeis e má gestão.

A intervenção do Banco Central e a subsequente falência dessas instituições expõem a importância da supervisão bancária e os riscos associados à falta de transparência e controle interno.

Os casos demonstram que, apesar de serem pilares da economia, os bancos podem ruir, causando prejuízos significativos aos clientes e à sociedade em geral.

Mas, para saber mais sobre outras falências de bancos e empresas, clique aqui*.

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Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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