Dívida de R$ 1 bilhão e falência decretada: O fim definitivo e escandaloso de rival da Sadia

Tv Foco mostra hoje atrizes brasileiras dos anos 1990 já chegaram aos 50 anos, mas continuam arrancando suspiros por onde passam.

28/06/2024 6h20

5 min de leitura

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Empresa alimentícia, rival da Sadia, acabou tendo fim decretado após escândalo (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Tv Foco/Canva/Sadia)

Empresa gigantesca no mercado alimentício acabou tendo sua falência decretada em meio a escândalo e dívidas bilionárias

As empresas alimentícias no Brasil são indispensáveis tanto para os consumidores finais que frequentam os supermercados, quanto para a economia brasileira.

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Só para ter uma noção, de acordo com o AEVO, só no ano de 2023, a indústria de alimentos empregou aproximadamente 1,9 milhão de pessoas, mantendo um crescimento acima da média nacional.

Porém, apesar de essenciais, muitas empresas e marcas desse setor acabaram tendo desfechos trágicos e nada promissores.

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Como ocorreu no ano de 2005, quando uma grande rival da Sadia teve sua falência decretada pela Justiça, após um amontoado de dívidas e escândalos que explodiram como uma verdadeira bomba na época.

Estamos falando do Frigorífico Chapecó, fundada ainda em 1952 e que era conhecida e atuante em mais de 50 países, fazendo o seu nome entrar na listas das mais fortes exportadoras de carnes.

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A rede também possuía oito unidades industriais, 5 mil empregados e 3 mil produtores integrados.

Escândalo

De acordo com informações divulgadas pelo Agrolink, no ano de 1997, o BNDES assumiu o controle geral da empresa com o apoio direto do Banco do Brasil e do Banco Bozzano Simonsen.

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A organização começou a ser abalada pela crise que atingia o ano de 1998, quando passou ao controle acionário da Alimbras S/A, empresa integrante do grupo econômico Macri, de origem argentina.

O acordo estipulava igualmente a redução de uma dívida financeira, que já existia na época, de 285 milhões de dólares para 138 milhões.

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Porém, conforme mencionamos acima, em agosto dos anos 2000, um escândalo acabou explodindo como uma verdadeira bomba em meio a um cenário que já não era dos melhores.

Isso porque o frigorifico sofreu uma quebra do sigilo bancário de duas contas decretada pelo juiz Mauro Sbaraini, da 1ª Vara Federal de Cascavel (PR), a pedido do Ministério Público Federal.

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A medida serviu para investigar se houve, ou não, intermediação do ex-secretário-geral da Presidência Eduardo Jorge Caldas Pereira na liberação de recursos do BNDES para o frigorífico.

Foi então, que ficou COMPROVADO que o frigorifico havia recebido o valor correspondente a 197 milhões de dólares do BNDES.

Para piorar, uma nova recessão iniciada no ano de 2001- época em que ocorreram os atentados de 11 de setembro nos EUA – fez com que o preço do frango e do suíno despencasse vertiginosamente e os insumos, principalmente o milho e a soja, tiveram seus preços dolarizados.

Isso sem falar na crise econômica da Argentina cuja qual castigava fortemente o Grupo Macri em seu país, com reflexos em suas empresas no Brasil.

O que acabou culminando em créditos cortados diante do temor de bancos e fornecedores.

No início de abril de 2003, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle aprovou a realização de auditoria no Frigorífico Chapecó, solicitada ao Tribunal de Contas da União (TCU) pela deputada Luci Choinacki.

Segundo o Poder Judiciário de Santa Catarina, naquele mesmo ano, houve uma proposta de aquisição pela Coinbra, sociedade integrante do grupo francês Dreyfuss.

As negociações avançaram em 90%, mas os compradores desistiram do processo sem apresentar quaisquer razões. No ano seguinte, em 2004, o frigorífico começou a sua auto falência.

De acordo com o Wiki, em janeiro do ano de  2004 a Chapecó entrou com pedido de concordata no Fórum da Comarca de Chapecó, localizado em em Santa Catarina.

Falência decretada e ROMBO bilionário

Como consequência de toda essa crise, a empresa precisou demitir cerca de 4.700 funcionários.

Completamente sem recursos, a Frigorífico Chapecó também cessou os pagamentos dos seus fornecedores e, por falta de estoque de milho, acabou sentenciando a morte de 7 milhões de frangos.

Foi aí que no dia 29 de abril de 2005, a juíza Rosane Portella Wolff, da 3ª Vara Cível de Chapecó, decretou a falência DEFINITIVA das empresas Indústria e Comércio Chapecó e Chapecó Companhia Industrial de Alimentos.

De acordo com a juíza, apesar de o BNDES assumir o comando geral da empresa com o apoio direto do Banco do Brasil e do Banco Bozzano Simonsen, no inicio de 1997, as medidas gerenciais não foram SUFICIENTES para conseguir reverter a crise da empresa que se agravou ainda mais.

E foi aí que mais um rombo veio à tona, visto que suas dívidas naquele momento já atingiam a marca de 1 bilhão de reais.

Quando o Frigorífico Chapecó se findou de vez?

De acordo com o portal Poder Judiciário de Santa Catarina, o processo de falência da Frigorífico Chapecó, que foi considerado um dos maiores do país, teve uma decisão importante e, ate mesmo, rara em abril de 2022.

Isso porque o juízo da 3ª Vara Cível da comarca de Chapecó autorizou o pagamento dos chamados “créditos quirografários”*

(*Àqueles em que os credores não têm qualquer espécie de preferência legal ou garantia).

O processo do pedido de falência da Chapecó Alimentos tramitava já há 18 anos e já ultrapassava as 31.100 páginas.

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Na época, anterior à legislação que permitia a recuperação judicial, o grupo se manifestou dizendo que possuía dívidas com quatro mil empregados, 1,3 mil pequenos e médios credores, além de 22 instituições financeiras.

Importância do Frigorífico Chapecó:

Como mencionamos logo no inicio desse texto, a empresa atuava em todo o mercado brasileiro e foi uma forte exportadora para mais de 50 países.

De acordo com o portal Wiki, a rede ainda possuía oito unidades industriais, 5 mil empregados e 3 mil produtores integrados.

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Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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