Falência e todas as lojas engolidas pelo Carrefour: Fim de 2 redes de supermercado tradicionais desolam país

Tv Foco mostra hoje atrizes brasileiras dos anos 1990 já chegaram aos 50 anos, mas continuam arrancando suspiros por onde passam.

22/01/2025 6h00

4 min de leitura

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Duas redes tradicionais do país tem fim após venda ao Carrefour e falência (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Tv Foco/Canva)

De falência à aquisição pelo Carrefour: Entenda como duas viradas marcaram o fim de duas grandes e tradicionais redes de supermercados

No geral, as redes de supermercado são essenciais para a economia de um país, uma vez que eles desempenham um importante papel para a nossa cadeia produtiva:

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  • Para os consumidores, eles oferecem praticidade e diversidade de produtos, enquanto;
  • Para a economia, representam uma significativa geração de empregos e arrecadação de tributos.

Sendo assim, é natural que o impacto seja balançado quando essas redes deixam de existir, ainda mais quando o fato ocorre de forma abrupta.

Falando nisso, ao longo de todos esses anos, o setor dos supermercados testemunhou a extinção de redes históricas que, por décadas, fizeram parte do cotidiano de milhares de brasileiros.

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Dito isso, a partir de informações coletadas no portal Wiki, Exame e G1, a equipe do TV Foco especializada em economia traz o panorama completo de duas histórias envolvendo grandes nomes que acabaram tendo um fim após falência e uma compra pelas mãos do Carrefour:

  • Mercadorama;
  • Supermercado Gonçalves

1. Mercadorama:

Primeiramente, temos o Mercadorama, o qual iniciou ainda na década de 50 através de uma iniciativa do empresário José Luiz Demeterco em Curitiba:

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  • Em um tempo quase recorde, a rede se consolidou como a maior do Paraná, conforme dados divulgados pela Associação Paranaense de Supermercados (APRAS).
  • Na década de 90, a rede teve seu auge, sendo adquirida pela Sonae Distribuição Brasil, que promoveu uma expansão significativa da marca.
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Mercadorama (Foto: Reprodução/ Aniele Nascimento / Gazeta do Povo)

Lojas engolidas pelo Carrefour:

Porém, no ano de 2005, o Walmart Brasil assumiu o controle do Mercadorama e, em 2017, iniciou sua conversão para Walmart Supermercados.

Mas, com a venda de 80% das operações do Walmart Brasil ao fundo Advent International, o plano de conversão foi suspenso, e a marca Mercadorama retornou.

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No entanto, em 2021, o jogo virou novamente após o Grupo BIG ser comprado pelo Carrefour, o qual optou pela descontinuidade da marca, fazendo com que todas as lojas fossem engolidas pela bandeira Nacional, pertencente ao grupo francês.

O encerramento das operações afetou diretamente seis unidades em Curitiba, impactando consumidores e funcionários.

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Ao procurar manifestações a respeito desse trâmite, as mesmas não foram encontradas, porém, o espaço permanece aberto, caso a mesma queira expor a sua versão dos fatos.

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A bandeira Nacional passou a substituir o Mercadorama (Foto: Reprodução/Internet)

2. Supermercado Gonçalves

Fundado ainda nos anos 90, na Rua Guanabara, em Porto Velho (RO), o Supermercado Gonçalves expandiu-se rapidamente, abrindo nove unidades em cidades como:

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  • Ariquemes;
  • Buritis;
  • Ji-Paraná, em Rondônia.
  • Rio Branco, no Acre.

O grupo ainda diversificou seus negócios com a indústria de panificação Granopan em 2013 e um empório em 2014.

No entanto, em 2016, a empresa entrou com pedido de recuperação judicial, citando fatores como:

  • Crise econômica pós-eleições de 2014;
  • Altas taxas de juros e alavancagem bancária;
  • Aumento dos custos operacionais;
  • Concorrência crescente.
Supermercado Gonçalves era um grande rival do Atacadão que teve fim decretado (Foto: Reprodução/ Internet)
Supermercado Gonçalves (Foto: Reprodução/ Internet)

Falência decretada:

A falência foi finalmente decretada em julho de 2019, com o leilão dos ativos arrecadando R$ 71 milhões, insuficientes para cobrir as dívidas de mais de R$ 200 milhões.

Mas somente em maio de 2022, uma parte dos direitos trabalhistas foi paga, totalizando R$ 14 milhões, beneficiando 80% dos ex-funcionários.

Contudo, de acordo com o G1, ainda em 2023, uma parcela significativa dos ex-funcionários ainda enfrentava dificuldades para receber integralmente seus direitos:

  • Alguns aguardavam por decisões judiciais pendentes, enquanto outros relatavam dificuldades financeiras, busca por novos empregos e requalificação profissional.
  • A situação gerou protestos e manifestações por parte dos trabalhadores, que cobram uma solução definitiva.
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Comunicado deixado pelo supermercado Gonçalves, aos clientes e comunidade, após fechamento (Foto Reprodução/Internet)

Declaração da rede:

Em comunicado oficial, o Supermercado Gonçalves afirmou que lamentava profundamente o impacto da situação sobre os seus funcionários e clientes, garantimos que todos os esforços foram feitos para garantir a resolução das dívidas.

De acordo com o Rondônia ao Vivo, a empresa destacou ainda que os desafios enfrentados foram ainda exacerbados pela desaceleração econômica após os grandes projetos de construção das usinas do Rio Madeira, que geraram um boom temporário na economia local, mas logo sofreram com a “ressaca da usina”.

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O que aconteceu com os funcionários do Supermercado Gonçalves?

Alguns ex-funcionários relataram que conseguiram se recolocar no mercado em funções de menor remuneração, enquanto outros ficaram à mercê de programas sociais para suprir suas necessidades básicas.

No entanto, o sindicato da categoria atuou para garantir os pagamentos pendentes e oferecer suporte na busca por novas oportunidades.

MAS ATENÇÃO! Apesar de existirem redes com o nome “Supermercado Gonçalves”, elas não têm relação alguma com o caso mencionado acima.

Mas, para saber mais histórias como essa, clique aqui.*

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Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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