Falência e 30 mil funcionários na rua: Maior varejista, nº1 dos eletros, tem fim decadente em país

Uma das maiores redes de eletroeletrônicos do mundo teve uma triste derrocada em meio a uma série de demissões e falência
A falência de grandes empresas não apenas abala os mercados mais exigentes, mas também pode impactar profundamente a economia de um país.
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Um exemplo significativo é o caso da Circuit City Stores Inc., a segunda maior rede de varejo de eletrônicos, nº1 dos Estados Unidos.
A loja declarou sua falência em janeiro de 2009, ao encerrar suas atividades e executar:
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- O fechamento de 567 lojas.
- A demissão de mais de 30 mil funcionários.
Uma empresa de status:
A Circuit City foi fundada em 1949, em Richmond, Virgínia, como uma pequena loja de eletrônicos.
Durante décadas, a empresa expandiu-se rapidamente, tornando-se uma das maiores redes do setor nos Estados Unidos, com centenas de lojas espalhadas pelo país.
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A estratégia inicial focava na diversificação de produtos e na inovação em serviços ao consumidor.
Nos anos 90, a Circuit City se consolidou como uma referência no varejo de eletrônicos, competindo diretamente com grandes nomes como a Best Buy.
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Entretanto, escolhas estratégicas equivocadas e a emergência de novos modelos de negócio, como o e-commerce, colocaram a empresa em uma posição vulnerável.
Passou a ruir …
O declínio da Circuit City tornou-se evidente em meados dos anos 2000. A soma da concorrência acirrada, com a inabilidade de adaptar-se às novas dinâmicas do mercado digital e à crise econômica mundial de 2008, comprometeu seriamente a saúde financeira da empresa.
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Em novembro de 2008, a Circuit City pediu proteção contra credores sob o Capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos, um movimento que visava ganhar tempo para reorganizar suas finanças e evitar a liquidação.
Mesmo com todo esforço empenhado, a situação não melhorou em nada:
- A falta de um acordo com credores sem atrair compradores interessados inviabilizou a sua salvação.
- Assim, em 16 de janeiro de 2009, anunciou oficialmente a liquidação de seus ativos, ou seja, a falência foi inevitável.

Demissões em massa e impacto no mercado
O fechamento das lojas da Circuit City resultou na demissão de aproximadamente 34 mil funcionários, um golpe significativo em meio a uma crise econômica que já havia eliminado milhões de postos de trabalho nos Estados Unidos.
Para muitos analistas, a falência da Circuit City não foi surpresa, mas sim um reflexo de uma mudança estrutural no setor varejista americano, caracterizada pela retração no consumo e pela escassez de crédito no mercado.
James Marcum, à época CEO da companhia, declarou em comunicado:
“Estamos extremamente decepcionados com este desfecho. Não conseguimos chegar a um acordo com nossos credores e, para estruturar uma transação no tempo limitado disponível, esse é o único caminho possível para nossa empresa.
Muito além …
O encerramento das atividades da Circuit City não impactou apenas seus funcionários. A cadeia de abastecimento, que incluía fabricantes de eletrônicos, também sentiu os efeitos da perda de um dos maiores canais de distribuição do país.
Além disso, o mercado de eletrônicos tornou-se ainda mais concentrado, com a Best Buy assumindo a liderança isolada no segmento.

Quando a Circuit City acabou de vez?
Ainda em janeiro de 2009, as lojas remanescentes deram início às vendas de liquidação, que se estenderam até o esgotamento dos estoques, previsto para o fim de março do mesmo ano.
Embora o site da Circuit City tenha sido temporariamente desativado, parte de suas operações no Canadá e na unidade de serviços “firedogSM” continuaram respirando por mais algum tempo.
Infelizmente, a Circuit City não opera mais no mercado físico. No ano de 2018, houve uma tentativa de reviver a marca como uma plataforma de e-commerce, mas os resultados foram modestos.
Entretanto, seu nome permanece como um lembrete de um período de grandes mudanças no varejo mundial.
Considerações finais:
Em suma, a Circuit City, gigante do varejo de eletrônicos nos EUA, sucumbiu à concorrência acirrada, à incapacidade de se adaptar ao comércio eletrônico e à crise de 2008.
A empresa, fundada em 1949, declarou falência em 2009, resultando no fechamento de centenas de lojas e na demissão de milhares de funcionários.
Sua queda marcou o fim de uma era e expôs a fragilidade de grandes corporações diante de mudanças abruptas no mercado.
Mas, para saber mais sobre essas histórias de falências, retomadas e muito mais, clique aqui*.
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.