Dupla de empresas famosas não resiste às dívidas milionárias e anuncia falência no Sul do país; Entenda o que aconteceu e os impactos gerados por isso
O cenário econômico no Sul do Brasil sofreu um abalo significativo ao longo de 2025 com uma falência dupla, uma vez que duas potentes empresas foram arrastadas para o buraco após a crise.
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De acordo com o portal Correio do Estado, a “Mulher Sofisticada”, uma fábrica de calçados gaúcha, e a “Vier Indústria e Comércio do Mate Ltda.“, produtora de um popular chá, se afundaram em dívidas milionárias.
Tais processos de falência representaram perdas de empregos e o encerramento de longos ciclos de produção na região, com os anúncios finais repercutindo intensamente no final de 2025.
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Calçados Mulher Sofisticada:
A crise da empresa Mulher Sofisticada levou a fábrica a encerrar definitivamente suas operações na manhã de uma segunda-feira, no dia 15 de setembro de 2025.
A calçadista acumula mais de R$ 18,3 milhões em dívidas.
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A companhia produzia milhares de pares de calçados femininos diariamente para grandes marcas.
Contudo, ela já vinha reduzindo drasticamente sua capacidade produtiva nos últimos meses, um reflexo direto da queda nas vendas e do aumento dos custos operacionais, agravados pelo chamado “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos.
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Ademais, o encerramento das operações resultou na demissão de 77 trabalhadores e empresas do próprio polo calçadista demonstraram interesse em contratar parte desses profissionais, amenizando os impactos sociais imediatos.
Vale destacar que foi o escritório jurídico responsável pela empresa que confirmou essa situação. A companhia até tentou renegociar as dívidas com os credores, mas nenhuma das propostas avançou.
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Com a impossibilidade de reestruturação, a empresa protocolou o pedido de autofalência ainda na semana de setembro de 2025, encerrando de forma definitiva um ciclo de produção que operava de modo reduzido.
Até o momento, não houve uma manifestação direta da empresa Mulher Sofisticada sobre o ocorrido, no entanto, o espaço segue em aberto.
Vier Indústria e Comércio do Mate Ltda:
Outro setor tradicional, o da erva-mate, também sofreu um duro golpe quando a Justiça reconheceu a autofalência da fábrica Vier Indústria e Comércio do Mate Ltda, fundada em 1944.
No entanto, ela já havia encerrado suas operações ainda em setembro de 2024, um ano antes da crise da calçadista.
A empresa já enfrentava anos de dificuldades financeiras e uma somatória catastrófica ajudou a piorar tudo, como:
- A falta de matéria-prima, causada pela redução dos ervais;
- O aumento dos custos de transporte e de insumos;
- O impacto administrativo da morte do sócio-administrador em 2020.
Apesar de a empresa enfrentar dívidas, ela mantém fontes de receita importantes para o pagamento dos credores.
Suas marcas de chá popular foram arrendadas à Ervateira Rei Verde por um período de 30 anos.
Inclusive, a Ervateira Rei Verde deve produzir, envasar e distribuir os produtos, repassando mensalmente 3% da receita à massa falida para quitar os débitos.
Além disso, equipamentos e parte da estrutura da Vier, localizados no Paraná, seguem arrendados a outra indústria do setor.
Isso sem falar que a Justiça suspendeu o leilão de um imóvel da empresa que estava em execução fiscal.
Essa suspensão garantiu um tratamento igualitário entre todos os credores enquanto o processo falimentar segue em andamento.
Vale destacar que a empresa também não se manifestou publicamente sobre o ocorrido. No entanto, da mesma forma que o caso citado acima, o espaço segue em aberto.
Quais impactos são gerados por falências de empresas desse porte?
A falência de empresas desse porte, especialmente quando atinge setores tradicionais e empregadores locais, gera consequências amplas que ultrapassam as perdas financeiras individuais:
- 1. Desemprego e impacto social: O primeiro impacto é o humano, uma vez que geralmente esse tipo de quebra gera desemprego em massa. Mesmo que empresas vizinhas absorvam parte dessa mão de obra, a onda inicial de desemprego afeta famílias e também pressiona os serviços sociais;
- 2. Fornecedores na mão: As dívidas deixadas impactam diretamente uma extensa cadeia de fornecedores e prestadores de serviços, que podem enfrentar dificuldades de caixa, elevando o risco de falência em cascata;
- 3. Perda de receita tributária: O fechamento de indústrias que geram alta produção implica uma queda imediata na arrecadação de impostos (ICMS, IPI, etc.) para os municípios e o estado;
- 4. Efeito psicológico negativo no mercado: Falências notórias, especialmente as causadas por fatores externos como o “tarifaço” dos EUA ou crises setoriais (ervais), criam um clima de insegurança e instabilidade. Essa incerteza pode reduzir o investimento e a confiança de outras empresas e empreendedores na região.
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