Fechamento de lojas e falência decretada: O fim de supermercado nº1 de SC confirmado às donas de casa

Falência da rede de supermercados nº1 confirmada atinge em cheio as donas de casa da região de Santa Catarina

A confirmação oficial do encerramento e falência de uma das redes de supermercados mais acessíveis do Oeste de Santa Catarina caiu como uma bomba para milhares de consumidores, em especial donas de casa que contavam com os preços competitivos da rede.

Trata-se da rede Acácia, cujo processo de falência, homologado pela Justiça catarinense, escancarou uma crise financeira marcada por dívidas superiores a R$ 2 milhões e selou o fim da operação de uma marca que já foi referência no comércio de bairro.

Sendo assim, a partir de informações coletadas pelo documento oficial de decretação da falência, bem como detalhes expostos na NSC, trazemos abaixo mais detalhes dessa falência e as razões do seu fim.

MAS ATENÇÃO! Antes de prosseguirmos com essa matéria é bom deixar claro que existe uma rede de supermercados com o mesmo nome na região do Rio Grande do Norte, no entanto, a mesma não possui nenhuma ligação com o supermercado de SC.

Justiça decreta falência após pedido dos próprios administradores:

Ainda no dia 13 de fevereiro de 2025, a juíza Aline Mendes de Godoy, da Vara Regional de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca de Concórdia (SC), acatou o pedido de autofalência apresentado pelos gestores da Acácia Supermercados.

De acordo com o processo, a empresa alegou incapacidade total de continuar operando.

A magistrada nomeou um leiloeiro judicial para avaliar e leiloar os ativos da rede, com o objetivo de pagar os credores, conforme prevê a legislação falimentar.

Linha do tempo da rede Acácia:

2019 – Início e expansão acelerada: A rede Acácia abriu sua primeira unidade em São Miguel do Oeste. Em menos de um ano, expandiu suas operações para os municípios de Descanso e Iporã do Oeste, conquistando rapidamente uma base fiel de clientes e liderando o segmento supermercadista na região.

2020–2021 – Pandemia e início dos problemas: Apesar de ser considerada serviço essencial, a Acácia começou a enfrentar dificuldades operacionais graves durante a crise sanitária:

• Restrições de horário impostas por decretos municipais;
• Falta de mão de obra especializada;
• Problemas frequentes no abastecimento de produtos essenciais.

2022 – Queda no faturamento e perda de fôlego: Com a economia ainda em recuperação, a Acácia viu seu faturamento despencar. Inclusive, as lojas passaram a funcionar em horário reduzido e com estoque limitado.

A ausência de itens nas prateleiras afastou os consumidores e agravou o cenário financeiro.

2023 – Suspensão total das atividades: Já sem recursos para continuar operando, a empresa paralisou suas atividades no início de 2023. As lojas permaneceram de portas fechadas o ano inteiro, enquanto aumentavam os rumores sobre a falência iminente.

2025 – Fim oficial da linha: Com mais de R$ 2 milhões em dívidas, especialmente com instituições financeiras por conta de linhas de crédito para estoque e capital de giro, os administradores não viram outra saída senão recorrer à Justiça para oficializar a falência.

O que dizem os autos judiciais?

Conforme exposto pelos documentos do processo, a empresa acumulou dívidas bancárias relevantes, sem capacidade de gerar fluxo de caixa suficiente para manter suas operações.

No pedido de autofalência, os gestores afirmaram que a situação era “irreversível” e que não havia mais como cumprir os compromissos trabalhistas e comerciais.

Leilão de bens:

Posteriormente, a Justiça autorizou o início da avaliação dos ativos da empresa e o leilão de seus bens móveis e imóveis, mas até o momento não foram divulgadas novas informações sobre as datas ou valores dos leilões.

Além disso, não houve manifestações públicas extras por parte da rede, ex-funcionários ou representantes legais após a decretação da falência.

Quais foram os impactos gerados pela falência da Acácia?

Fatalmente, o encerramento da rede causou prejuízos em três frentes principais:

• Consumidores: Moradores dos bairros afetados perderam uma alternativa econômica de compras;
• Funcionários: Dezenas de trabalhadores ficaram sem emprego e sem perspectivas de recolocação imediata;
• Fornecedores: Empresas locais relataram inadimplência e calotes, agravando seus próprios fluxos de caixa.

Quais são os direitos trabalhistas em caso de falência?

Conforme manda a lei, em caso de falência, os trabalhadores demitidos mantêm o direito de receber todas as verbas rescisórias, incluindo:

• Salários atrasados;
• Férias vencidas e proporcionais com o adicional de 1/3;
• 13º salário;
• Depósitos de FGTS com multa de 40%;
• Aviso prévio;
• Seguro-desemprego.

Conclusão:

A derrocada da rede Acácia escancara as fragilidades enfrentadas por empresas de médio porte no varejo alimentar pós-pandemia.

Apesar da ascensão veloz e de sua importância para a economia regional, a Acácia não conseguiu resistir à sobrecarga financeira provocada por empréstimos, baixa liquidez e queda de consumo.

Por fim, com a Justiça à frente do processo de liquidação, o comércio local tenta se reestruturar sem uma das marcas que antes era sinônimo de proximidade, preço justo e conveniência para o consumidor catarinense.

Mas, para mais informações sobre casos de falências e situações de crise, acesse aqui*.