Rombo de R$2,8M e falência: Adeus de supermercado tão popular quanto Atacadão e a tristeza dos clientes

Um dos supermercados mais tradicionais do Mato Grosso teve a falência decretada após anos de crise e forte concorrência local.
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Supermercado, tão tradicional quanto o Atacadão, se afundou em falência (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/TV Foco/Canva/GMN)

Supermercado, tão tradicional quanto o Atacadão, se afundou em falência (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/TV Foco/Canva/GMN)

Um dos supermercados mais tradicionais do Mato Grosso teve a falência decretada após anos de crise e forte concorrência local

E, uma rede de supermercados conhecida no interior do Mato Grosso, que rivalizava com grandes atacadistas populares, como o Atacadão, deu seu adeus após uma longa luta financeira, deixando clientes e funcionários entristecidos com a situação.

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A empresa acumulava uma dívida de aproximadamente R$ 2,8 milhões e teve decretada sua falência pela 4ª Vara Cível de Rondonópolis em 30 de junho de 2023.

Trata-se do Supermercado Cascalhinho, fundado ainda em 2009 como um estabelecimento de varejo em Rondonópolis.

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Infelizmente, ele chegou nessa situação após enfrentar uma crise severa, a qual esgotou seus mecanismos de recuperação, deixando fornecedores, empregados e consumidores em alerta.

Sendo assim, com base em informações do portal Wiki e Folha MAX, trazemos mais detalhes dessa quebra e o impacto gerado por ela.

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Fundação e crescimento

Conforme mencionamos acima, o Supermercado Cascalhinho iniciou suas operações ainda em 2009 rumo ao segmento popular de varejo alimentar em Rondonópolis, Mato Grosso.

Ao longo dos anos, o estabelecimento conquistou clientela local e expandiu seu mix de produtos, sendo visto como alternativa regional a grandes redes.

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A crise

Mas, infelizmente, no ano de 2019, a rede entrou com pedido de recuperação judicial, devido a desequilíbrios financeiros e à queda nas vendas.

O plano de recuperação foi homologado, mas sua execução se mostrou insuficiente.

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A movimentação da concorrência local, com abertura de novo supermercado que praticava preços agressivos, agravou o cenário.

Além da queda nas vendas e aumento de inadimplência entre clientes, como resultado da crise econômico-social local, dificultando o cumprimento das obrigações bancárias e contratuais.

Inclusive, um ano antes (2018), o Cascalhinho passou a operar consistentemente no vermelho.

No despacho de 30 de junho de 2023 que decretou a falência, o Judiciário afirmou:

“O processo de recuperação judicial só tem razão de existir enquanto as recuperandas possuem viabilidade e condições de soerguimento. E tal cenário, lamentavelmente, não mais existe nestes autos…”

Ou seja, trocando em miúdos, a Justiça entendeu que não havia mais atividade econômica viável para sustentar a empresa em recuperação.

Ademais, apesar do plano de recuperação judicial, o supermercado não conseguiu honrar contratos bancários, fornecedores e despesas correntes.

A execução e cumprimento do plano não instauraram reversão da trajetória negativa.

Quando a falência do Cascalhinho foi decretada?

No despacho de 30 de junho de 2023, a 4ª Vara Cível de Rondonópolis converteu o processo de recuperação em falência.

A empresa comunicou sua própria incapacidade de continuar operações e a Justiça atendeu ao pedido de convolação apresentado.

A falência suspendeu novas execuções contra a empresa, exceto aquelas relacionadas à apuração de valores ou à Justiça do Trabalho para créditos trabalhistas.

Não foram localizadas declarações públicas extras, além do que foi mencionado no processo. No entanto, o espaço segue em aberto.

O que aconteceu com o que sobrou do Cascalhinho?

Com a falência decretada, iniciou um processo de liquidação dos ativos da empresa.

Fornecedores, clientes com saldo de crédito e empregados tiveram que habilitar os seus direitos no quadro de credores da massa falida.

Além disso, os contratos em curso, instalações e marcas da empresa poderiam ser alienados ou encerrados conforme determinação judicial.

O caso do Supermercado Cascalhinho evidencia os desafios de empresas regionais diante de competição agressiva, perda de escala e crise macroeconômica.

Ou seja, até mesmo uma rede tradicional pode sucumbir se não adaptar estrutura, reduzir custos, inovar no atendimento ou fortalecer sua liquidez.

Por fim, o episódio reforça que o varejo popular exige gestão rígida, monitoramento de preços e controle de crédito dos clientes para evitar deterioração financeira prolongada.

 Mas, para saber sobre mais casos sobre outras falências, clique aqui*.

Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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