Rombo de R$5B: Falência de montadora tão popular quanto a Chevrolet e venda de carros por mixaria

Montadora de veículos elétricos entra em falência nos EUA após acumular dívidas de US$ 1 bilhão e vendeu seus carros a preço de banana
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Montadora, tão popular quanto a Chevrolet, entra em falência em país (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/TV Foco/ Canva/Logos/Freepik)

Montadora, tão popular quanto a Chevrolet, entra em falência em país (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/TV Foco/ Canva/Logos/Freepik)

Montadora de veículos elétricos entra em falência nos EUA após acumular dívidas de US$ 1 bilhão (equivalente a R$5,4 bilhões) e vendeu seus carros a preço de banana

E uma montadora, tão popular quanto a Chevrolet, após conquistar a atenção global ao prometer revolucionar o setor de veículos elétricos, chegou ao fim de sua trajetória com um pedido de falência histórico.

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Fundada pelo renomado designer Henrik Fisker (ex-BMW e Aston Martin), ainda em 2016, a Fisker embarcou em uma missão ambiciosa, mas sucumbiu a:

A falência desta montadora icônica serve de alerta para todo o setor: nem toda inovação garante sobrevivência sem execução impecável, escala e saúde financeira rigorosa.

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Sendo assim, com base em informações dos portais Wiki e Quatro Rodas, trazemos mais informações sobre a quebra,

Uma aposta mal dada

A Fisker Group Inc. chamou a atenção ao lançar o SUV elétrico “Ocean” e adotar um modelo de produção terceirizada, sem fábrica própria, estratégia que se provaria posteriormente um verdadeiro calcanhar de Aquiles.

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A abertura de capital via SPAC em 2020 impulsionou expectativas de crescimento, capitalizando o entusiasmo do mercado por startups de veículos elétricos.

Contudo, essa injeção de capital não se traduziu em estabilidade operacional.

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Como um mais dois é quatro, os sinais de fragilidade surgiram rapidamente. No ano de 2024, a Fisker comunicou ao mercado dúvidas sérias sobre sua capacidade de continuar operando e buscava desesperadamente por investimentos estratégicos.

Fatalmente, o ponto de não-retorno ocorreu quando a empresa não conseguiu fechar um acordo de investimento crucial com um grande fabricante automotivo (rumores apontavam para a Nissan), o que seria o último “balão de oxigênio”.

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Por fim, em abril de 2024, a Fisker não honrou pagamentos de juros e reportou uma queda significativa de caixa.

Além disso, a empresa enfrentou problemas crônicos de qualidade, afetando o Ocean, incluindo:

Pedido de falência e a estrutura da dívida

No dia 18 de junho de 2024, a Fisker entrou com pedido de proteção contra falência (Chapter 11 nos EUA).

A empresa estimou ativos de cerca de US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão, mas reportou um passivo próximo a US$ 1 bilhão (equivalente a R$5,4 bilhões).

Em comunicado, afirmou que a venda de seus ativos era o caminho mais viável diante das adversidades econômicas, reconhecendo que as operações não poderiam ser mantidas.

A dívida é complexa, e a lista de credores inclui:

Tudo a preço de banana!

Com a falência, a Fisker iniciou uma mega liquidação de seus ativos, o que inclui um grande volume de estoque parado.

Cerca de 3.000 unidades do SUV Ocean foram vendidas por mixarias, bem inferiores ao valor original, afetando clientes que compraram os carros pelo valor de mercado cheio e desvalorizando rapidamente os veículos já entregues.

A produção foi suspensa indefinidamente, funcionários demitidos, e a montadora deve deixar de existir como entidade automotiva independente.

Posicionamento da empresa:

Ao protocolar o pedido de falência, a Fisker emitiu um comunicado formal abordando o cenário e justificando a decisão, o que representa seu posicionamento público:

O CEO, Henrik Fisker, declarou que a empresa enfrentou: “vários obstáculos de mercado e macroeconômicos que impactaram nossa capacidade de operar eficientemente”.

Além disso, ele culpou em parte as dificuldades mais amplas do mercado de veículos elétricos.

A empresa afirmou também que, após “avaliar todas as opções para o nosso negócio, determinamos que prosseguir com a venda de nossos ativos sob o Capítulo 11 é o caminho mais viável para a empresa”, reconhecendo que as operações não poderiam ser mantidas de outra forma.

A Fisker tentou tranquilizar os clientes, afirmando o“compromisso de fazer todo o possível para proteger e dar suporte aos nossos clientes e seus Fisker Oceans”, mesmo durante o processo de liquidação.

Como está o mercado de carros elétricos no Brasil em 2025?

Enquanto isso, no Brasil, o mercado de veículos elétricos mantém um crescimento sólido em 2025, impulsionado notavelmente pela participação significativa de montadoras chinesas.

O setor registra expansão tanto no transporte público quanto na frota privada.

Desafios, contudo, persistem, incluindo o descarte de baterias de lítio, a competitividade acirrada e a necessidade urgente de uma infraestrutura de recarga mais ampla.

De acordo com o portal CNN, a BYD domina o crescente segmento de carros elétricos no Brasil e detém 75,3% do market share no acumulado de janeiro a setembro de 2025.

A marca chinesa emplacou 40.183 EVs, dos 53.379 carros movidos a bateria vendidos no período, segundo dados da ABVE.

Seis modelos da BYD lideram o ranking dos dez EVs mais vendidos, com o Dolphin Mini no topo, embora o Renault Kwid E-Tech possua o preço mais baixo.

A BYD vendeu 20.869 unidades do Dolphin Mini GS5, confirmando sua liderança e mantendo o sucesso de 2024.

Outras marcas, como Volvo e GWM, disputam as posições, mas a BYD consolida sua força no topo da lista.

Mas, para saber mais sobre essas histórias de falências, retomadas e muito mais, clique aqui*.

Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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