Falência e amontoados de dívidas: Fim de gigante alimentícia deixa mais de 15 mil funcionários sem eira nem beira

A ascensão e queda de uma das maiores potências alimentícias do setor agrícola: Entenda como gigante foi de um império a uma falência bilionária
E uma gigante alimentícia, vista como uma potência no setor agroindustrial brasileiro, colapsou em 1994 sob o peso de dívidas que ultrapassaram R$ 3 bilhões.
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Trata-se da Cooperativa Agrícola de Cotia (CAC), cuja falência financeira acabou deixando mais de 15 mil funcionários “sem eira nem beira” e ainda abalou profundamente a comunidade nipo-brasileira, que havia sido fundamental na fundação e expansão da cooperativa.
Dito isso, com base nas informações do portal Wiki e Folha de S.Paulo, a equipe especializada em economia do TV Foco traz mais detalhes dessa situação e seus impactos.
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Fundação:
- Em 1927, um grupo de imigrantes japoneses estabeleceu a CAC na vila de Cotia, nos arredores de São Paulo.
- Inicialmente focada na produção de batatas, a cooperativa expandiu rapidamente suas atividades para incluir hortaliças, frutas, aves e grãos.
- Com o tempo, a CAC se tornou a maior cooperativa agrícola do Brasil, com presença em 14 estados e mais de 15 mil associados.
Expansão e diversificação
Durante os anos 70 e 80, a CAC diversificou seus negócios, investindo em setores como:
- Fertilizantes;
- Sementes;
- Alimentos congelados;
- E até mesmo um shopping center.
Em 1992, a cooperativa alcançou um faturamento de US$ 1 bilhão e era responsável por 30% do abastecimento de hortifrutigranjeiros da Grande São Paulo.
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Acúmulo de dívidas e colapso financeiro:
No início dos anos 90, a CAC enfrentou dificuldades financeiras devido a investimentos malsucedidos, inadimplência de cooperados e instabilidade econômica no país.
Na época, a cooperativa acumulou dívidas estimadas em R$ 3 bilhões, principalmente com 83 bancos, incluindo o Banespa e o Banco do Brasil.
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Inclusive, no dia 30 de setembro de 1994, a CAC decretou sua autoliquidação, encerrando de vez as suas atividades após 67 anos de operação.
Manifestações dos envolvidos
Não foram encontradas manifestações públicas recentes de ex-funcionários ou cooperados da CAC sobre a falência da cooperativa, porém, o espaço segue em aberto.
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No entanto, documentos judiciais e reportagens da época indicam que muitos credores e ex-associados buscaram reparação legal pelas perdas sofridas.
O que aconteceu com o que sobrou da CAC?
Após a falência, o patrimônio da CAC, avaliado em cerca de R$ 1 bilhão, entrou em processo de liquidação judicial.
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Ex-associados alugaram parte dos ativos por valores considerados abaixo do mercado, o que levantou suspeitas de favorecimento e má-fé na gestão da massa falida.
Em 2009, leilões de imóveis da cooperativa começaram a ser realizados regularmente, com o objetivo de saldar as dívidas remanescentes.
Conclusão:
Em suma, a história da Cooperativa Agrícola de Cotia é um exemplo marcante de como uma organização pode crescer e prosperar e ao mesmo tempo sucumbir ao colapso.
Entretanto, a falência da CAC deixou um legado de aprendizado sobre os riscos e desafios enfrentados por grandes cooperativas no Brasil.
Mas, para saber mais sobre essas histórias de falências, retomadas e muito mais, clique aqui*.
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.