Falência de loja amada reflete os desafios do varejo esportivo tradicional; Entenda o que aconteceu e os impactos no setor com colapso
O varejo mudou radicalmente nas últimas décadas. No passado, lojas físicas em shoppings reinavam absolutas, vitrines movimentavam ruas, centros comerciais se tornavam destino de lazer e marcas construíam impérios com ponto físico.
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No entanto, a convergência digital, mudanças no comportamento do consumidor e pressões econômicas transformaram tudo. Muitas lojas queridas pelos clientes perderam relevância e começaram a fechar as portas, dando adeus inclusive a grandes shoppings.
E o colapso da Liberated Brands ilustra esse fenômeno com clareza brutal.
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A queda de um império
Em suma, a Liberated Brands é líder global no setor de vestuário esportivo, outdoor e lifestyle, com 30 anos de história de conexão com consumidores por meio do desenvolvimento de marcas, marketing esportivo e narrativas envolventes.
Sua missão sempre foi alavancar a profunda expertise da empresa em previsão de tendências e desenvolvimento de marcas nos setores de outdoor e lifestyle em constante evolução para atrair clientes fiéis em todo o mundo.
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Entretanto, apesar da importância, ela sofreu um golpe duro neste ano. De acordo com o portal Shop Eat, A Liberated Brands entrou com pedido de falência sob o Capítulo 11 em fevereiro de 2025.
Além disso, ela decidiu fechar 122 lojas físicas, muitas delas localizadas em principais shoppings, e desligar aproximadamente 1.400 funcionários, entre equipes de vendas, estoques e administração.
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Ainda de acordo com o portal, por meio de um comunicado, a empresa disse:
“A equipe da Liberated trabalhou incansavelmente ao longo do último ano para impulsionar essas marcas icônicas, mas a volatilidade da economia global, as mudanças nos gastos do consumidor em meio ao aumento do custo de vida e as pressões inflacionárias cobraram um preço alto” – Iniciou ela, que continuou:
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“Apesar dessa mudança difícil, estamos animados porque muitos de nossos talentosos associados encontraram novas oportunidades com outros licenciados que levarão essas grandes marcas para o futuro.”
Funcionários na rua
O fechamento das 122 lojas representou um colapso físico do varejo da Liberated.
Conforme citamos, muitos desses pontos estavam em shoppings, espaços que demandam aluguel elevado, taxas e visibilidade constante.
Sendo assim, ao fechar esses pontos, a empresa se desvincula dos shoppings tradicionais que ajudaram a consolidar sua presença.
No entanto, ao colocar 1.400 funcionários na rua, causou um impacto humano imenso, uma vez que equipes inteiras de loja, incluindo gerentes, pessoal de estoque, logística, suporte e setores corporativos perderam seus empregos.
Esses desligamentos ocorrem em meio a uma crise econômica crescente, o que agrava o efeito social da falência.
O que aconteceu com as marcas que a Liberated representava nos EUA?
Mesmo com o fim das operações físicas da Liberated, as marcas Quiksilver, Billabong, Volcom, Roxy e RVCA seguirão existindo sob gestão do Authentic Brands Group, que licenciará operações para novos parceiros.
Assim, os produtos continuarão a circular no mercado, sobretudo via canais digitais e varejistas licenciados.
O que pode gerar falência de grandes negócios?
Em suma, a falência pode decorrer de múltiplos fatores interdependentes, como:
- Choques macroeconômicos reduziram o poder de compra do consumidor e elevaram custos operacionais;
- Rupturas na cadeia de suprimentos atrasaram reposições e encareceram logística;
- Marca de fast fashion e modelos mais ágeis capturaram parte da clientela esportiva, com produtos similares a preços mais baixos;
- Consumidores migraram intensamente para compras online, reduzindo o fluxo nas lojas físicas, especialmente nos shoppings;
- Lojas físicas em shoppings enfrentaram aluguéis altos, custo de manutenção, taxas e encargos que se tornaram insustentáveis diante da queda de receita.
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