O fim de empresa gigante no ramo dos calçados com falência
Uma tradicional fábrica brasileira, focada em calçados, após contar com uma quantidade expressiva de dívidas, acabou tendo a sua falência decretada pela Justiça. Estamos falando da fábrica de calçados, do Grupo São Francisco, localizado em São Francisco de Paula (RS) e Parobé (RS), fundada em agosto do ano de 2019.
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Após atravessar um período critico, ela acabou tendo a sua falência decretada pela Justiça, em abril do último ano de 2023 De acordo com o portal Exclusivo, a empresa contava com dívidas que somadas chegavam a quantia de R$ 32,7 milhões.
Vale dizer que o empreendimento já havia feito um pedido de recuperação judicial e tal plano teria sido votado por seus credores. Um fato que acabou pegando muita gente de surpresa é que cerca de 158 funcionários da companhia foram surpreendidos ao encontrar as portas da fábricas completamente fechadas, sem os maquinários e alegando que nem sequer foram comunicados a respeito da situação.
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Conforme despachado pelo Juiz de Direito da Vara Regional Empresarial de Novo Hamburgo, Alexandre Kosby Boeira, foi comprovado o abandono do empreendimento e a retirada dos equipamentos. Isso configurou como um ato premeditado pela empresa afim de evitar a venda de alguns dos seus ativos para a devida quitação de dívidas.
Tendo plena caracterização da insolvência e convolação da recuperação judicial em falência. Foi também constituído o modo mais acelerado de recuperação e a realocação dos ativos do empreendimento inviável. Isso a fim de zelar pelo bom funcionamento das estruturas de mercado e para maximizar seu valor.
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Com isso, os seus credores poderiam ficar minimamente satisfeitos com o desfecho. Ainda de acordo com o portal Exclusivo, segundo um comunicado oficial da própria empresa, foi informado que essa crise foi agravada pela pandemia de Covid-19. O que impactou a produção e consequentemente, o faturamento.
Segundo declarações dadas pelo presidente do Sindicato dos Sapateiros de Parobé (Sindparobé) e da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Calçado e Vestuário do RS (FETICVERGS), João Pires, há alguns anos, a calçadista já não estava cumprindo com as suas obrigações trabalhistas. Em meio a declaração dada por ele, foi alegado que a fábrica NÃO depositava o FGTS dos funcionários, além disso a empresa não cumpria com os pagamentos das rescisões.
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Ainda em 2023, conforme foi publicado pelo portal GZH, o advogado Diego Estevez, que era o administrador judicial da empresa na recuperação judicial, foi quem se responsabilizou por reatar à Justiça sobre o esvaziamento da fábrica.
Com isso, a empresa acabou sendo lacrada, e também foi organizado um leilão com os bens que sobraram a fim de sanar as dívidas.
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O que acontece depois que uma empresa declara falência?
Para quem não sabe, após decretar a falência, os bens da empresa, assim como do empresário, podem ser reunidos e liquidados.
Ou seja, serão usados para pagar tudo que deve. Além disso, os proprietários e sócios da empresa não podem exercer qualquer atividade empresarial até o fim do processo judicial de falência.