Falência: O fim de fábrica popular de chocolates e venda à rival durante a gestão Tarcísio

Falência envolve fábrica tradicional de chocolates e leva a venda direta para a concorrente sob a gestão Tarcísio
A falência da Pan Chocolates surgiu de forma abrupta em 27 de fevereiro de 2023 e expôs a fragilidade de uma marca que atravessou quase 1 século de existência. A Justiça decretou a falência após confirmar que a empresa não conseguia mais sustentar dívidas que ultrapassavam R$260 milhões.
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Porém, embora o processo já estivesse desgastado desde a recuperação judicial iniciada em 2021, o fechamento definitivo marcou um fim doloroso para uma fábrica que ocupou espaço afetivo no ABC Paulista. Além disso, tudo aconteceu nos primeiros meses do governo Tarcísio de Freitas, que assumiu o comando do estado em janeiro de 2023 e viu a derrocada ocorrer durante sua gestão.

A história da Pan carregava símbolos geracionais. A empresa nasceu em 1935 e ganhou fama nacional com chocolates em formatos pouco comuns como cigarros de chocolate, moedas e peixinhos.
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Apesar disso, acumulou dívidas ao longo das últimas décadas e conviveu com dificuldades estruturais que se agravaram com o tempo. Os tributos atrasados se transformaram em um peso impossível de administrar e a empresa não conseguiu mais equilibrar caixa e operação. Por isso, mesmo com tentativas de recuperação, a Pan não resistiu.
O que aconteceu após da falência da Pan?
Com a falência decretada, o processo de liquidação avançou rapidamente e chamou atenção pela dimensão dos ativos disponíveis. A fábrica instalada em São Caetano do Sul ocupava um terreno de 10432 metros quadrados e reunia máquinas que ainda tinham valor industrial.
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Então, em setembro de 2023 a Justiça autorizou o leilão e a disputa atraiu empresas do setor. A Cacau Show apresentou uma oferta de R$70 milhões que superou as expectativas e garantiu a compra da unidade. A homologação judicial saiu em 19 de outubro de 2023 e encerrou um ciclo iniciado décadas antes.
Enquanto isso, outra etapa do desmonte avançou com a venda das marcas registradas da Pan. No leilão seguinte, a empresa Real Solar arrematou 37 marcas por R$3,1 milhões e assumiu direitos sobre nomes que marcaram a infância de muitas famílias brasileiras. A administradora judicial informou que o valor ajudaria a reduzir parte das dívidas acumuladas pela empresa e atender alguns credores que aguardavam há anos.
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Além disso, o contexto político seguiu como ponto sensível porque a falência aconteceu durante o início da gestão de Tarcísio de Freitas. A cronologia reforça que o colapso se consolidou sob o novo governo, o que gerou debates sobre o papel do estado na preservação de empresas tradicionais.
Por fim, o caso da Pan se tornou exemplo de como marcas históricas podem desaparecer mesmo com apelos populares e grande reconhecimento afetivo. A empresa enfrentou problemas internos graves e perdeu fôlego diante da concorrência moderna.
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Autor(a):
Wellington Silva
Wellington Silva é redator especializado em celebridades, reality shows e entretenimento digital. Com formação técnica em Redes de Computadores pela EEEP Marta Maria Giffoni de Sousa e atualmente cursando Análise e Desenvolvimento de Sistemas na FIAP, Wellington une sua afinidade com tecnologia à vocação pela escrita. Atuando há anos na cobertura de famosos, cantores, realities e futebol, tem passagem por portais dedicados ao universo musical e hoje integra o time de redatores do site TV Foco. Seu olhar atento à cultura pop e à vida das celebridades garante matérias dinâmicas, atualizadas e com forte apelo para o público conectado.Contato: @ueelitu