Calote milionário, perda de 11 lojas e falência marcam o fim da varejista que já foi tão popular quanto a Magalu após 21 anos
Uma das maiores redes varejistas do país encerrou suas atividades após duas décadas de operação, deixando um rombo milionário e dezenas de lojas fechadas.
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Com uma dívida estimada em R$ 100 milhões, a empresa tentou resistir à crise vendendo suas unidades, mas não conseguiu evitar a falência.
O TV Foco, a partir do seu time de especialistas e das informações do Wikipedia, detalha agora a história da Dudony.
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Varejista Dudony
A Dudony, rede varejista brasileira de móveis e eletroeletrônicos, iniciou suas atividades no final dos anos 1980, fundada pelo ex-vendedor Antonio Donizete Busiquia.
Com sede em Maringá, Paraná, a empresa expandiu-se rapidamente, alcançando 110 lojas, sendo 99 no Paraná e 11 no interior de São Paulo.
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Em 2007, seu faturamento atingiu R$ 357 milhões, consolidando-se como a maior varejista do setor no estado.
Fugindo da falência
No entanto, a Dudony enfrentou desafios financeiros significativos. A partir de 2007, a inadimplência dos clientes aumentou para 12%, acima da média do mercado.
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A crise financeira global de 2008 agravou a situação, restringindo o acesso a crédito e dificultando negociações com bancos.
Em dezembro de 2008, a empresa entrou em recuperação judicial, acumulando dívidas de R$ 104 milhões.
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Venda
Durante o processo de recuperação, a Dudony buscou alternativas para sanar suas dívidas. Em junho de 2009, os credores aprovaram a venda das 110 lojas, estoque e outras instalações para o Grupo Silvio Santos, por meio do Baú Crediário, por R$ 33 milhões.
Desse montante, R$ 25 milhões foram destinados aos credores, enquanto o restante permaneceu com as detentoras da marca, que continuaram sob fiscalização judicial até 2011.
A proposta de compra incluiu:
- Manutenção dos cerca de 1.168 funcionários da Dudony.
- Injeção de R$ 8 a R$ 10 milhões na empresa.
- Rebranding das lojas para a marca Baú da Felicidade.
Destino da varejista
A marca Dudony permaneceu sob a propriedade dos antigos controladores, que planejaram continuar atuando no atacado. A venda das lojas representou uma tentativa de evitar a falência e preservar empregos, embora os credores maiores tenham recebido apenas parte de suas dívidas.
Após a aquisição, o Grupo Silvio Santos buscou consolidar sua presença no mercado varejista brasileiro, ampliando sua rede para 130 lojas.
No entanto, em 2011, o grupo vendeu as 121 Lojas do Baú para a rede varejista Magazine Luiza, encerrando sua atuação no setor.
CONCLUSÃO
Por fim, a trajetória da Dudony reflete os desafios enfrentados por empresas do setor varejista diante de crises econômicas e mudanças no mercado.
Contudo, a rápida expansão, aliada à falta de uma administração profissionalizada, contribuiu para sua insolvência.
Além disso, a venda para o Grupo Silvio Santos representou uma tentativa de reestruturação, mas não garantiu a continuidade da marca no varejo.
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