Falência e mais de 700 mil clientes abandonados: O fim de plano de saúde nº1 do Brasil após afundar em crise

Tv Foco mostra hoje atrizes brasileiras dos anos 1990 já chegaram aos 50 anos, mas continuam arrancando suspiros por onde passam.
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Plano de saúde entra em colapso após processo de falência e deixa idosos sem chão (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Tv Foco/Internet)

Crise financeira fez plano de saúde, pertencente a uma das maiores operadoras de saúde do país, sucumbir à falência

Já falamos em matérias anteriores o tanto que o setor da saúde tem sido afetado nos últimos anos.

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Inclusive muitas das crises e até falências atuais são causadas pela “herança maldita” deixada pela pandemia da Covid-19.

Porém, muito antes dessa crise sanitária estourar, esse tipo de desfecho trágico já afetava grandes empresas voltada à saúde bem como seus planos.

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O que muitas vezes resultava em transtornos e desesperos em seus segurados.

Como foi o caso da Unimed Paulistana, plano pertencente a gigantesca Unimed, tendo o plano de saúde considerado como o nº1 em todo o Brasil.

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Mas calma, antes de iniciarmos esse assunto, é bom deixar claro que o caso afetou um plano de saúde específico da operadora.

Pra quem não sabe o sistema da Unimed é formado por várias cooperativas regionais, ou seja, não se trata de uma operadora só.

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Sendo assim é comum que haja casos que afetem de forma direta um ou mais planos dessas cooperativas sem que isso atinja diretamente a Unimed em si, cuja qual permanece intacta no mercado da saúde suplementar.

O sistema da Unimed é composto por várias cooperativas regionais (Foto: Reprodução/ Internet)

O fim da Paulistana …

De acordo com o G1, a Unimed Paulistana, fundada em 1971 e localizada em São Paulo, teve um fim marcado por abandono de clientes e pela sua própria falência ainda no ano de 2016.

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Esse fato foi confirmado dia 02 de fevereiro de 2016, quando a ANS publicou no D.O.U (Diário Oficial da União) a decretação de liquidação extrajudicial da operadora.

Com a medida, a ANS retirou, definitivamente, a empresa do mercado de planos de saúde, e a operadora em questão não pode mais comercializar esses produtos.

Unimed Paulistana deixou mais de 700 mil segurados (Foto: Reprodução/ Internet)

Fora isso os membros do conselho fiscal bem como administradores também perderam o mandato, conforme a resolução da ANS

Vale dizer que a falência da Paulistana também foi uma consequência de uma crise financeira arrastada que afetou toda a cooperativa.

Com isso, a operadora acabou “abandonando” os seus mais de 700 mil clientes, 744 mil pra sermos exatos, sendo a maior parte deles residentes da cidade São Paulo.

Em nota, a Unimed do Brasil confirmou a liquidação extrajudicial da Unimed Paulistana e informou na época que: “para efeitos administrativos, um liquidante extrajudicial nomeado pela ANS passa a responder legalmente pela operadora

Unimed Paulistana já enfrentava uma crise que se arrastava por anos (Foto: Reprodução/ Internet)

Crise arrastada

Como mencionamos, essa crise que abateu a Unimed Paulistana já se arrastava há anos.

Tanto é que ela havia fechado o ano de 2014 com patrimônio líquido negativo em R$ 169 milhões e um passivo tributário de R$ 263 milhões, segundo o último relatório de gestão divulgado antes do seu fim.

Ela era a 4ª maior empresa do sistema Unimed e reunia 351 cooperativas médicas, que embora utilizem a mesma marca e modelo de gestão, operavam e comercializavam planos de saúde de forma autônoma e independente, sem oferecer necessariamente uma cobertura nacional.

Mas o que aconteceu com os clientes da Unimed Paulistana?

Conforme garantido pela ANS na época, os consumidores puderam escolher entre um dos planos disponíveis no Sistema Unimed ou buscar produtos em qualquer operadora de plano de saúde.

Ainda de acordo com a ANS, o beneficiário que havia cumprido a carência ou cobertura parcial temporária na Unimed Paulistana, “poderia exercer a portabilidade extraordinária de carências, sujeitando-se aos respectivos períodos remanescentes na outra operadora escolhida”.

Caso o plano de destino possuísse uma segmentação assistencial mais abrangente do que o plano pelo qual o beneficiário era assistido,  poderia ser exigido o cumprimento de carência no plano de destino somente para as coberturas não previstas no plano de origem.

A ANS alertou que, nesta etapa, a migração deveria ocorrer o mais rápido possível, para assegurar o atendimento em outros planos de saúde, uma vez que a decretação da liquidação extrajudicial retira definitivamente a Unimed Paulistana do mercado.

Os interessados tiveram que se dirigir diretamente à operadora escolhida, sem necessidade de contato com intermediários, munidos de

Porém, apesar da determinação, muitos clientes sofreram uma série de transtornos, aonde na prática, as garantias não foram cumpridas como deveriam, e acabaram recorrendo ao Procon, como podem ver no vídeo abaixo:

Nota na íntegra:

 (01/02/2016)

“A Unimed do Brasil confirma a liquidação extrajudicial da operadora Unimed Paulistana decretada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), por meio da Resolução Operacional (RN) nº 1.986. Para efeitos administrativos, um liquidante extrajudicial nomeado pela ANS passa a responder legalmente pela operadora.

Para a garantia de atendimento aos beneficiários da Unimed Paulistana, a ANS prorrogou por mais 30 dias o prazo para que esses consumidores exerçam a portabilidade de carências para plano com segmentação assistencial equivalente ao antes contratado junto à Paulistana. Desta forma, a Unimed do Brasil reitera o alerta da ANS para que os beneficiários da Unimed Paulistana realizem a migração o mais rápido possível para assegurar o atendimento por meio de outros planos de saúde.

A Unimed do Brasil reforça que cada operadora do Sistema Unimed possui gestão administrativa autônoma e independente, garantida pela Lei nº 5.764/1971. Mais informações sobre o processo de portabilidade também estão disponíveis em: www.unimed.coop.br/porta

Importância da Unimed:

Vale destacar que a Unimed é a maior experiência cooperativista na área da saúde em todo o mundo e também a maior rede de assistência médica do Brasil, presente em 74,9% do território nacional.

Segundo a própria operadora, seus clientes contam com mais de 106 mil médicos, 3.244 hospitais credenciados, além de pronto-atendimentos, laboratórios, ambulâncias e hospitais próprios e credenciados para garantir qualidade na assistência médica, hospitalar e de diagnóstico complementar oferecidos.

De acordo com o ranking divulgado pelo The World’s Best Hospitals 2024, entre os 115 melhores hospitais do Brasil, 17 são da rede própria de assistência do Sistema Unimed.

Em comparação com a edição de 2023, em 2024 o Sistema Unimed aumentou em 70% a sua participação no ranking brasileiro do levantamento, que é produzido anualmente pela revista norte-americana Newsweek em parceria com a empresa de dados Statista Inc.

Atualmente, estão em operação 157 hospitais e hospitais-dia da Unimed com mais de 13 mil leitos, que contam com 59 acreditações, além de certificações internacionais e programas de qualificação de serviços especializados de diagnóstico. 

Os estabelecimentos próprios da marca também têm avançado no uso de inovação e tecnologia, como inteligência artificial e machine learning, para aplicações que vão desde o monitoramento de pacientes até a melhoria da gestão e da experiência de seus clientes. 

Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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