Dívida de R$ 32 milhões e FALÊNCIA decretada: O triste fim de empresa tradicional de calçados no Brasil

Tv Foco mostra hoje atrizes brasileiras dos anos 1990 já chegaram aos 50 anos, mas continuam arrancando suspiros por onde passam.

31/08/2023 10h57

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Fábrica tradicional de calçados teve sua falência decretada após crise e se afundar em dívidas (Foto Reprodução/Montagem/Tv Foco)

Fábrica tradicional de calçados teve sua falência decretada, após dívidas acumuladas, deixando funcionários na mão

E uma importante e tradicional fábrica de calçados, após acumular uma quantidade expressiva de dívidas, teve a sua falência decretada pela Justiça,  após enfrentar uma ferrenha crise financeira.

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Estamos falando da fábrica de calçados, do Grupo São Francisco, localizado em São Francisco de Paula (RS)  e Parobé (RS), que foi fundada em meados de agosto do ano 2019;

Como mencionamos, após atravessar um período critico, ela acabou tendo a sua falência decretada pela Justiça, em meados de abril deste ano de 2023.

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Dívidas e situação grave …

De acordo com o portal Exclusivo, a empresa estava afundada em dívidas que somadas chegavam ao valor de R$ 32,7 milhões. Vale mencionar que o empreendimento já havia feito um pedido de recuperação judicial e tal plano seria votado pelos credores neste mês.

No entanto, cerca de 158 funcionários da companhia foram surpreendidos ao encontrar as portas da fábricas completamente fechadas, sem os maquinários e sem nem sequer terem sido comunicados sobre o ocorrido.

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Fábrica de calçados, do Grupo São Francisco, decretou falência deixando milhares de funcionários na mão (Foto Reprodução/Internet)

Fábrica de calçados, do Grupo São Francisco, decretou falência deixando milhares de funcionários na mão (Foto Reprodução/Internet)

O mais grave nisso tudo é que, conforme foi despachado pelo Juiz de Direito da Vara Regional Empresarial de Novo Hamburgo, Alexandre Kosby Boeira, foi constatado o abandono do empreendimento e a retirada dos equipamentos, ao que tudo indica, foi para evitar que fossem vendidos em prol da QUITAÇÃO DE DÍVIDAS.

Em nota, o Juiz constata a comprovação do abandono do negócio e desvio patrimonial*, tendo plena caracterização da insolvência e convolação da recuperação judicial em falência.

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*Desvio com a finalidade, pelo ato intencional dos sócios, de fraudar terceiros com o uso abusivo da personalidade jurídica; a confusão patrimonial, pela inexistência de separação entre o patrimônio da pessoa jurídica e os de seus sócios.

Foi também constituído o modo mais célere* de recuperação e realocação dos ativos do empreendimento inviável, a fim de, por um lado, zelar pelo bom funcionamento das estruturas de mercado e por outro maximizar seu valor para que os credores possam ser minimamente satisfeitos.

*Modo mais rápido de se resolver questões jurídicas
Titular da Vara de Recuperação Judicial de Novo Hamburgo, Alexandre Kosby Boeira (Foto Reprodução/OAB)

O Titular da Vara de Recuperação Judicial de Novo Hamburgo, Alexandre Kosby Boeira (Foto Reprodução/OAB)

Ainda de acordo com o portal Exclusivo, a empresa informou que a crise foi agravada pela pandemia de Covid-19, que impactou a produção e consequentemente, o faturamento.

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Funcionários na mão

Em Parobé/RS, a empresa mantinha em seu quadro o número de 120 funcionários.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Sapateiros de Parobé (Sindparobé) e da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Calçado e Vestuário do RS (FETICVERGS), João Pires, há alguns anos, a calçadista já não estava cumprindo com as suas obrigações trabalhistas.

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Foi alegado por ele que a mesma NÃO depositava o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) dos funcionários, além disso a empresa não cumpria com os pagamentos das rescisões.

Segundo ele, os trabalhadores estavam recebendo suporte do sindicato para garantir o que era de direito. Ainda conforme Pires, por meio da Justiça, o sindicato dos trabalhadores conseguiu recuperar dois caminhões com máquinas que haviam sido retiradas da fábrica de Parobé.

Já na cidade de São Francisco de Paula/RS, a calçadista empregava 38 funcionários.

Sindicato dos Trabalhadores do Calçado e Vestuário de Gramado (Foto Reprodução/Internet)

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Calçados e Vestuário de Gramado, Canela e São Francisco de Paula, Nelson, Gross, há cerca de um ano a empresa não depositava o FGTS dos trabalhadores.

De acordo com ele,  a empresa havia solicitado o parcelamento do pagamento do FGTS e que também não estava sendo cumprido.

Conforme o dirigente, o sindicato está dando suporte aos demitidos na solicitação do Seguro-Desemprego e na regularização dos pagamentos do FGTS.

Em que situação está o processo de falência da fábrica?

Segundo o que foi publicado pelo portal GZH, o advogado Diego Estevez, que era o administrador judicial da empresa na recuperação judicial, foi quem se responsabilizou por reatar  à Justiça sobre o esvaziamento da fábrica.

Sendo assim, a empresa acabou sendo lacrada, e também foi organizado um leilão com os bens que sobraram.

 

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Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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