Dívida de R$100M e falência: Qual operadora de celular chegou ao fim por calote na ANATEL?

Colapso milionário atinge operadora de celular que mergulha em dívida com a Anatel e deixa o mercado em alerta após falência inesperada

21/10/2025 21h30

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Falência de operadora (Foto: Reprodução)

Colapso milionário atinge operadora de celular que mergulha em dívida com a Anatel e deixa o mercado em alerta após falência inesperada

A operadora Aeiou nasceu em 2008 como um sopro de ousadia no mercado de telefonia móvel. Era pequena, diferente, barulhenta na promessa e silenciosa na estrutura. A empresa, controlada pela Unicel Telecomunicações, recebeu autorização da ANATEL para operar em São Paulo e mais 63 municípios.

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Porém, a ideia era simples, mas ambiciosa: oferecer um serviço mais barato, direto e próximo das pessoas, com tarifas reduzidas e atendimento digital. No papel, tudo parecia promissor. O cenário indicava que a chegada da Aeiou poderia incomodar gigantes como Vivo e Claro.

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Operadora Aeiou (Foto: Reprodução – Internet)

Nos primeiros meses, o entusiasmo ainda existia. A empresa investiu em marketing, falou em expansão e chegou a anunciar a intenção de levar seus serviços a outras capitais. Mas a realidade logo cobrou. As reclamações cresceram, os clientes se irritaram e o suporte não deu conta.

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No entanto, em 2009, o índice de desempenho de atendimento da Aeiou ficou em 80,5, um dos piores do país, segundo dados da ANATEL e do Infomoney. A insatisfação dos consumidores se espalhou e a confiança começou a ruir. Era o primeiro sinal de que o castelo tinha alicerces frágeis.

Porém, a estrutura financeira não aguentou a pressão. A empresa começou a atrasar pagamentos, inclusive aqueles devidos à própria ANATEL. Aos poucos, os números saíram do controle. Quando se deu conta, a Unicel já devia mais de R$ 100 milhões ao órgão regulador.

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O caso virou notícia no Valor Econômico e chocou o setor. Uma operadora que mal tinha alguns milhares de clientes desaparecia deixando uma dívida milionária e uma longa lista de perguntas sem resposta.

A Aeiou entrou em falência?

A ANATEL tentou contato. Notificou a empresa, cobrou esclarecimentos, mas ninguém respondeu. O órgão classificou a situação como de “local incerto e não sabido”. A operadora simplesmente sumiu. Os clientes, confusos, ficaram sem sinal, sem atendimento e sem qualquer compensação. Muitos relataram que as linhas deixaram de funcionar de um dia para o outro. Era como se a Aeiou nunca tivesse existido.

A falência foi inevitável. A participação da empresa no mercado brasileiro de telefonia móvel nunca passou de 0,007%. Quando tudo desabou, restavam cerca de 14 mil clientes ativos. Um número ínfimo diante dos milhões das concorrentes.

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Por fim, para o consumidor, ficou a sensação de abandono. Nenhum comunicado oficial, nenhuma explicação clara. A ANATEL precisou intervir para garantir que os usuários não ficassem totalmente desamparados. Mas o estrago já estava feito. O nome Aeiou passou a ser lembrado apenas como sinônimo de falência e má gestão.

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Wellington Silva é redator especializado em celebridades, reality shows e entretenimento digital. Com formação técnica em Redes de Computadores pela EEEP Marta Maria Giffoni de Sousa e atualmente cursando Análise e Desenvolvimento de Sistemas na FIAP, Wellington une sua afinidade com tecnologia à vocação pela escrita. Atuando há anos na cobertura de famosos, cantores, realities e futebol, tem passagem por portais dedicados ao universo musical e hoje integra o time de redatores do site TV Foco. Seu olhar atento à cultura pop e à vida das celebridades garante matérias dinâmicas, atualizadas e com forte apelo para o público conectado.Contato: @ueelitu

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