Falência e paralisação de atividades: Padaria tradicional se prepara para dar adeus e clientes choram

Justiça decreta falência do Grupo Bokitu’s, tradicional rede de padarias de Santa Catarina e unidades entram em liquidação judicial
E um dos nomes mais tradicionais da panificação catarinense se prepara para encerrar suas atividades por completo após falência, deixando milhares de clientes no maior choro.
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Pois é, a Vara Regional de Falências e Recuperações Judiciais de Concórdia (SC) decretou a falência do Grupo Bokitu’s, que já estava em processo de recuperação judicial, conforme apurado pela imprensa e pelos autos do processo.
O grupo reunia algumas das padarias mais conhecidas da região, como:
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- Bokitu’s Padaria;
- GBA Indústria;
- Padaria Mcecília;
- Padaria Pinherus;
- Panificadora Hellô.
Tal decisão marca o fim de uma era para o setor de panificação local e expõe as dificuldades que empresas familiares enfrentam ao tentar se reerguer em meio a crises econômicas e alta competitividade.
Não resistiu
Vale destacar que o pedido de recuperação judicial havia sido deferido em 29 de março de 2023, conforme o artigo 52 da Lei nº 11.101/2005.
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Desde então, o processo acumulou manifestações das partes, relatórios da administradora judicial e decisões intermediárias.
Apesar das tentativas de reestruturação, a Justiça concluiu que não havia mais atividade econômica para preservar, nem perspectiva real de retomada.
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A decisão judicial foi categórica:
“Considerando o conjunto de provas apresentadas nos autos, fica claro que a recuperação judicial do Grupo Bokitu’s perdeu seu propósito, já que não há mais atividade econômica a ser preservada nem qualquer perspectiva real de retomada” – Afirmou a Vara Regional de Falências e Recuperações Judiciais de Concórdia.
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Com isso, o processo de recuperação foi convertido em falência, encerrando oficialmente a tentativa de salvar o grupo.
Empresas atingidas e situação das operações
Conforme mencionamos acima, o Grupo Bokitu’s reunia diversas unidades e marcas conhecidas no oeste catarinense.
O Tribunal também mencionou no processo a empresa que havia assumido o controle societário do grupo, a Albatroz Investimento e Participação Empresarial Ltda.
Apesar do colapso financeiro, uma unidade próxima ao SESC de Concórdia segue funcionando normalmente, o que indica que parte das operações permanece ativa, ainda que sob o impacto da falência decretada.
Manifestações:
Até o momento, não há declarações públicas recentes dos representantes do Grupo Bokitu’s ou da Albatroz Investimento sobre a decisão judicial.
Nos autos, a administradora judicial destacou as tentativas de renegociação e de reorganização empresarial, mas a ausência de resultados concretos inviabilizou a continuidade do processo de recuperação.
A Vara destacou que, diante das provas apresentadas, as medidas de reestruturação não foram suficientes para reverter o quadro de insolvência.
Entretanto, caso seja conveniente, o espaço segue em aberto para possíveis manifestações por parte dos envolvidos sobre o caso.
O que acontece com o que sobrou?
Com a falência decretada, o processo entra em fase de liquidação judicial.
Nesse estágio, o administrador judicial avaliará e venderá os bens e ativos do grupo para pagar credores e fornecedores, conforme a legislação.
A Justiça nomeará um administrador judicial para supervisionar o levantamento dos bens, a análise das dívidas e o plano de pagamento aos credores.
Além disso, ainda pode leiloar parte das unidades do grupo, enquanto as autoridades judiciais ainda aguardam a definição sobre o destino de outras, como a que segue em operação próxima ao SESC.
Quais são os impactos da falência do Grupo Bokitu’s?
A falência do Grupo Bokitu’s encerra décadas de atuação no setor de panificação de Santa Catarina e representa um abalo significativo para o comércio local.
Funcionários, fornecedores e consumidores fiéis veem o fim de uma marca que fazia parte da rotina da região.
Especialistas em direito empresarial afirmam que o caso reforça a importância de um planejamento financeiro robusto, controle de fluxo de caixa e estratégias de reestruturação mais ágeis em períodos de crise.
A decisão também funciona como alerta para outras empresas tradicionais: sem gestão eficiente e adaptação às novas dinâmicas de mercado, a tradição por si só já não garante sobrevivência.
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.
