R$25M e falência anunciada: Rede de supermercado baixa as portas de 24 lojas e tem fim selado

R$25M e quebra confirmada: Rede de Supermercado desativa 24 unidades e tem destino decretado
A Justiça decretou oficialmente a falência da tradicional rede de Supermercados Santo Antônio, situada no bairro Muquiçaba, em Guarapari, encerrando uma trajetória comercial de mais de cinco décadas. O veredito proferido pelo judiciário em 1º de dezembro de 2022 resultou no leilão de 24 imóveis da empresa em fevereiro, uma medida drástica para tentar cobrir o rombo financeiro deixado pela gestão.
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O passivo trabalhista da organização atinge a marca de R$ 25 milhões, porém o cenário torna-se ainda mais crítico ao considerar os débitos com bancos, impostos e fornecedores, que elevam a dívida total a cifras bilionárias. A decisão deixou centenas de colaboradores sem amparo e consolidou o colapso de uma das marcas mais conhecidas da região, conforme apurado pelo portal ‘Tribuna Online’.
A escalada da crise e a tentativa de venda
Os problemas tornaram-se visíveis para o consumidor ainda no verão de 2020, quando as prateleiras começaram a apresentar escassez de produtos essenciais.
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A administração enfrentou dificuldades operacionais severas, que incluíram desde a troca repentina de máquinas de cartão de crédito até a suspensão do plano de saúde dos funcionários, sinalizando a gravidade da situação interna.
Buscando uma solução para o iminente colapso financeiro, os proprietários optaram por vender as lojas para a holding paulista DX Group. No entanto, a transação não trouxe a estabilidade esperada, pois os antigos donos alegaram descumprimento contratual por parte do grupo comprador. Assim, eles acionaram o judiciário para retomar o controle das operações.
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Consequências do retorno da gestão original
O retorno dos fundadores ao comando da rede, contudo, não reverteu o quadro negativo e acabou acelerando o processo de deterioração econômica. As dívidas continuaram a crescer exponencialmente e forçou a empresa a iniciar um processo de demissão em massa.
Consequentemente, a rede anunciou o encerramento definitivo das atividades em julho de 2020. O fechamento abrupto gerou um impacto social, visto que muitos trabalhadores ficaram sem receber suas verbas rescisórias e direitos trabalhistas. Com isso, passaram a depender da liquidação dos ativos leiloados para obterem seus pagamentos.
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Confira abaixo o resumo dos fatos que levaram ao fechamento da rede:
- Início da escassez: Falta de mercadorias notada pelos clientes no verão de 2020.
- Cortes de benefícios: Suspensão de planos de saúde e acúmulo de débitos.
- Tentativa de venda: Negociação frustrada com a holding DX Group.
- Retomada e colapso: Volta dos antigos donos, seguida de demissões em massa e falência.
O que os trabalhadores devem fazer em caso de falência da empresa?
Quando uma empresa tem a falência decretada, os trabalhadores possuem prioridade no recebimento de seus direitos, mas devem seguir alguns passos.
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Primeiramente, é necessário habilitar o crédito trabalhista no processo judicial de falência, apresentando os documentos que comprovem o vínculo e os valores devidos.
O pagamento dependerá da arrecadação obtida com a venda dos bens da massa falida (como os imóveis leiloados), seguindo a ordem de preferência estabelecida por lei.
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Autor(a):
Hudson William
Hudson William é um profissional com ampla experiência em comunicação social na web, acompanhando os bastidores da televisão brasileira desde 2008. A partir de 2012, passou a integrar a equipe do portal TV Foco, onde atua como redator, produzindo matérias com responsabilidade e credibilidade. Ao longo de sua trajetória, assinou textos em diversas editorias — de televisão e entretenimento a esportes, atualidades e curiosidades — sempre com foco em informar e engajar o público digital de forma clara, ética e relevante.